A Comissão das Mulheres e da Igualdade dos Géneros do Parlamento Europeu (FEMM) aprovou esta quinta-feira, por larga maioria, o parecer da eurodeputada Maria da Graça Carvalho - "Construir o futuro digital da Europa - eliminar obstáculos ao funcionamento do mercado único digital e melhorar a utilização da inteligência artificial para os consumidores europeus".
Para Maria da Graça Carvalho é urgente atacar as disparidades de género nas competências digitais e ao nível da participação das mulheres nos setores da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (CTEM) e da inteligência artificial (IA), bem como adotar medidas nos domínios da educação e do emprego na área digital que permitam a concretização desses objetivos.
O parecer, dirigido à Comissão dos Mercado Interno e Proteção dos Consumidores (IMCO), apresenta um conjunto de recomendações a serem incorporadas. No documento o destaque vai para a igualdade de género enquanto princípio fundamental da União Europeia e este deve refletir-se em todas as suas políticas, relembrando igualmente que a participação das mulheres na economia digital é crucial para moldar uma sociedade digital próspera e para impulsionar o mercado interno digital da UE.
"Temos de capacitar os consumidores, em particular as mulheres, através do ensino de competências básicas no domínio das TIC e do lançamento de campanhas de sensibilização, de forma a permitir-lhes tirar pleno partido dos benefícios do mercado único digital" afirmou a eurodeputada, citada num comunicado enviado às redações.
O parecer aborda também outras questões conexas, como a violência sobre as mulheres online, a veiculação de preconceitos de género produzidos nos algoritmos e dados de IA, e a criação de mais oportunidades de financiamento e empreendedorismo feminino.