Passos: "Fico muito satisfeito em saber que foi possível salvar o BPN"

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O primeiro-ministro comentou hoje a conclusão do processo de

venda do BPN ao BIC manifestou-se "muito satisfeito" por

ter sido "possível salvar o banco dentro de um custo para os

contribuintes não superior ao da liquidação".

"Fico muito satisfeito em saber que foi possível salvar o

banco dentro de um custo para os contribuintes portugueses que não é

superior ao da liquidação, porque senão mais valia liquidar o

banco, e que é possível, ainda assim, garantir a estabilidade do

sistema financeiro português sem riscos de maior", declarou

Pedro Passos Coelho, durante uma visita ao Terminal de Contentores de

Sines.

O primeiro-ministro disse que a proposta do Banco BIC de compra do

Banco Português de Negócios (BPN) foi selecionada em julho de 2011,

porque era "a que mais defendia a posição do próprio banco e

que melhor garantia o emprego do BPN".

Passos Coelho referiu que estão em causa "cerca de 1700

pessoas, que ficariam sem emprego se o banco tivesse de ser

liquidado", e congratulou-se porque "finalmente veio a luz

verde da Comissão Europeia para que até ao final deste mês se

concretizasse a assinatura do contrato" - que, anunciou hoje o

Ministério das Finanças, está marcada para sexta-feira, dia 30 de

março.

Segundo o primeiro-ministro, nesta altura Portugal precisa "de

ter um sistema bancário que inspire confiança aos cidadãos" e

é isso que tem acontecido.

"Ao contrário do que aconteceu noutros países europeus,

nomeadamente sob assistência financeira, nós em Portugal nunca

tivemos nenhuma fuga de depósitos nos nossos bancos, antes pelo

contrário. Os nossos bancos têm vindo a evidenciar um aumento dos

depósitos, significando portanto uma grande confiança que os

depositantes e os portugueses têm no seu sistema financeiro, e isso

é importante para a recuperação económica que estamos a fazer",

disse.

A Comissão Europeia autorizou hoje a reestruturação do BPN, que

prevê a sua venda ao BIC, após ter concluído que a operação

permitirá criar uma entidade viável.

O BPN foi nacionalizado na sequência da crise financeira e

beneficiou de diversas medidas de auxílio, incluindo garantias

estatais relativas a emissões de papel comercial, num montante

superior a quatro mil milhões de euros.

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