Perfil: Gina Rinehart

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"Se tem inveja dos ricos, não fique sentado a queixar-se.

Faça alguma coisa para ganhar mais dinheiro: passe menos tempo a

fumar e a beber com os amigos e trabalhe mais."

Numa coluna de

opinião publicada numa revista especializada em minérios, a

australiana Gina Rinehart, a mulher mais rica do mundo, segundo a

Business Review Weekly, quis dar uma regra de ouro aos quase 28

milhões de compatriotas que não tiveram a sorte de herdar alguns

milhões de euros... mas acabou por acender um rastilho de protestos.

De tal forma que o governo de Camberra já veio a público

classificar de "insultuosas" as declarações da "dama

de ferro", conhecida pelas suas visões direitistas e inspirada

em nomes como Margaret Thatcher e Milton Friedman.

Com peso a mais,

pouco dada a modas ou a eventos de alta sociedade, a herdeira do

império mineiro Hancock trabalha sete dias por semana, 24 horas por

dia, para engordar a sua fortuna, estimada em 25 mil milhões de

euros. Estima-se que a milionária, famosa por ter levado a tribunal

praticamente todos os membros da sua família - incluindo três dos

seus quatro filhos - para garantir o controlo absoluto dos negócios,

ganhe qualquer coisa como 500 euros por segundo.

Aos 58 anos, é

também acionista do Channel Ten, uma das três maiores redes de

televisão australianas, e tem a maior parte das ações do segundo

maior grupo de jornais do país, a Fairfax Media. Georgina "Gina"

Hope Rinehart, que conseguiu que o governo australiano batizasse uma

montanha com o nome de família, em homenagem ao pai (montes

Hancock), trava agora uma batalha para cancelar os planos de Camberra

de aumentar os impostos sobre a mineração.

"Se querem ajudar

os pobres, não aumentem os impostos - apoiem o investimento. Se não,

vejam a alternativa: chama-se Grécia." A polémica já não é

só do outro lado do mundo.

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