Portugueses passam quase duas horas por dia nas redes sociais, mais do que há 5 anos

Tempo despendido pelos portugueses nas redes sociais aumentou, em média, 25 minutos nos últimos cinco anos, concluiu a Marktest. Utilização é mais intensa entre as camadas mais jovens.
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Os portugueses passaram, em média, quase duas horas por dia conectados a plataformas como o Facebook e o Instagram, no ano passado,​ segundo um estudo produzido pela Marktest, que revela que o tempo despendido nas redes sociais aumenta consideravelmente nas gerações mais novas, aproximando-se das três horas diárias.

Analisando o total da população portuguesa, "Os Portugueses e as Redes Sociais" concluiu que a média de tempo passado nas redes sociais situou-se nos 111 minutos por dia, em 2022. A Marktest nota que nos últimos cinco anos, o tempo despendido nestas plataformas aumentou 25 minutos.

Mas, o tempo de utilização das redes sociais varia de geração para geração: enquanto entre os 15 e os 24 anos a média diária aponta para os 141 minutos, entre os 25 e os 34 anos o tempo sobe para os 163 minutos. Já a partir dos 35 anos, a média de tempo despendido cai a pique, para valores que rondam os 80 minutos por dia.

A rede social de Mark Zuckerberg continua a ser, em termos absolutos, a maior rede social em Portugal, com uma taxa de penetração de 94,4% junto dos utilizadores, seguindo-se, por ordem, o WhatsApp, Instagram, Messenger e Youtube.

Contudo, o estudo confirmou uma tendência: o Facebook tem vindo a perder terreno para o Instagram, sobretudo entre a Geração Z. "No último ano, e pela primeira vez em Portugal, o Facebook não foi a rede com mais utilizadores nesta faixa etária", é referido.

Neste sentido, não só o Facebook (89,4%) foi destronado pelo Instagram (94,1%) no primeiro lugar entre utilizadores jovens de redes sociais, como caiu mesmo para a terceira posição, estando agora também atrás do WhatsApp (93,2%).

Entre as principais conclusões do relatório, encontra-se também o facto de o Instagram ser a rede social a que os portugueses mais recorrem para seguir figuras públicas e acompanhar a atividade digital de famosos ou influenciadores.

"O Instagram (78,9%) reforça mesmo a sua vantagem face ao Facebook (57,6%) neste critério, aumentando para mais de 21 pontos percentuais a diferença entre os inquiridos que assumem usar redes sociais para seguir figuras públicas", aponta a Marktest.

Tal vantagem é ainda mais notória entre as gerações mais jovens. Na Geração Z, por exemplo, o universo de utilizadores de redes sociais que utiliza o Instagram para seguir figuras públicas cresce para os 85,6%, enquanto no Facebook essa prática é assumida apenas por 26,5%, superado pelo Youtube, onde 30,8% dos jovens seguidores acompanha estas personalidades.

A prática foi captando seguidores. Em 2022, mais de um terço (37,4%) dos portugueses com perfis criados em redes sociais fizeram compras online através destas plataformas.

"Nos últimos dez anos, o universo de compradores através de redes sociais mais do que duplicou em Portugal, aumentando 22,7 pontos percentuais face aos 14,7% que se registavam em 2013", é referido.

O Facebook mantém a liderança neste critério, com 68,3% dos portugueses registados em redes sociais, que compram produtos online através dessas plataformas, a afirmarem ter usado a rede de Zuckerberg para esse efeito na última compra efetuada.

O Instagram tem também crescido neste aspeto e já conta com uma quota de 22,5% de utilizadores, o que lhe garante o segundo lugar no ranking.

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