Os portugueses estão a contrair créditos habitação cada vez mais elevados. Segundo a análise de mercado de crédito habitação do ComparaJá.pt, o valor médio do empréstimo para compra de casa aumentou de 163.000€ em janeiro para 197.000€ em março de 2025, um acréscimo de mais de 34.000€ num curto espaço de tempo.
A par do aumento do montante financiado, os prazos médios dos contratos também subiram, passando de 31 para 34 anos durante o mesmo período. Esta tendência sugere que, para acomodar o aumento dos preços no setor imobiliário e o valor total dos empréstimos, os consumidores estão a optar por prazos mais longos, como forma de manter as prestações mensais dentro do seu orçamento.
Este ajustamento reflete uma realidade já sentida no mercado: com os preços das casas em alta e a oferta limitada nas principais zonas urbanas, os compradores vêem-se obrigados a financiar valores mais elevados — e a fazê-lo ao longo de mais anos.
“Há um esforço crescente das famílias para conseguirem aceder à habitação própria. Em muitos casos, a única forma de acomodar um valor de financiamento mais elevado é através da extensão do prazo contratual”, sublinha Bruno Garcia, especialista em crédito habitação do ComparaJá.
Apesar deste aumento de valores, o relatório destaca a importância de comparar diferentes propostas de crédito como forma de mitigar os impactos da subida. Os consumidores podem simular vários cenários online, negociar melhores condições com os bancos através de intermediários de crédito certificados e gratuitos e reduzir assim o custo total do crédito.
“Ainda que o montante financiado esteja a crescer, há margem para poupança significativa se os consumidores procurarem ativamente a melhor oferta. Uma pequena diferença no spread ou na taxa pode representar milhares de euros ao longo do contrato”, reforça Bruno Garcia.