"Com esta operação fecha-se um
ciclo iniciado em 1994 com a separação da função de transporte,
primeiro na eletricidade e depois no gás. Por outro lado a plena
privatização do capital da REN significa a conclusão do modelo
institucional da empresa", disse o presidente e CEO, Rui Vilar,
ontem na apresentação dos resultados da privatização.
A empresa ganhou 2155 novos
acionistas, a maior parte dos quais investidores institucionais. Este
"é um fenómeno natural na medida em que a REN não é uma empresa
que tenha um relacionamento direto com os consumidores finais e
portanto é um título que os investidores institucionais conhecem
melhor", disse na mesma ocasião, lembrando ainda que só hoje se saberá quem são esses investidores institucionais que compraram ações.
Por fim, aumentou ainda o capital
disperso em bolsa de 19,6% para 30%, o que "é bom para os
investidores e para a liquidez do titulo. Para uma empresa cotada é
bom ter um free float desta ordem de grandeza", comentou.
Já o Estado teve um encaixe superior a
157 milhões de euros, sendo que cada ação foi vendida a 2,68
euros, tanto na venda ao público como para investidores. Só os
trabalhadores, que compraram poucas ações, tinham desconto de 5%
sobre sse valor.