A produção de eletricidade de origem renovável em regime especial permitiu poupanças de 612 milhões de euros o ano passado.
De acordo com o comunicado conjunto da APREN - Associação
Portuguesa de Energias Renováveis e a Quercus, com base nos dados da REN, foram obtidas poupanças de 540 milhões de euros na importação de combustíveis fósseis (gás natural e carvão) e
72,4 milhões de euros em licenças de emissão de CO2.
O valor representa menos 212 milhões de
euros do que em relação a 2011, devido à diminuição do preço do carvão e da tonelada de
CO2 nos mercados internacionais, explica o comunicado.
As renováveis foram responsáveis por 38% da produção da eletricidade em Portugal, menos 18% do que em relação ao ano anterior, dada a menor produção da grande hídrica.
Retirado esse efeito, a quota de produção das renováveis seria de 52%, um aumento face
aos 47% registados em 2011.
A produção da
eletricidade de origem renovável em regime especial (a PRE-FER, ou seja, toda a
renovável exceto a grande hídrica) aumentou em relação a 2011, de 25% para 27%. "Este aumento deve-se sobretudo à
energia eólica, que garantiu 20% da produção elétrica e aumentou 11% em relação
a 2011", diz o comunicado.
A eletricidade de origem
fóssil ainda foi a principal forma de produção de eletricidade, com o carvão a
representar a maior fatia (24% da produção), um aumento de 33% face a 2011. O gás natural diminuiu 45%.
Em termos globais, o consumo de eletricidade caiu ordem de 2,8% (valor que sobe 3,6%
considerando a correção relacionada com os dias feriados e o clima), em relação
a 2011. Uma quebra resultante do "abrandamento da atividade económica associado a uma
contração estimada do PIB da ordem dos 3%".