A Sonae/Continente vai sortear um voucher para atividades de lazer entre os trabalhadores que nesta quarta-feira, 1.º de Maio, estejam a cumprir o seu horário e no seu posto de trabalho, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).
O sindicato fixou um dia de greve, justificando que se trata de uma “ação de luta dos trabalhadores das empresas de distribuição, que há 31 meses tentam negociar o aumento dos salários, o fim da tabela B e a correção da carreira dos operadores de armazém no contrato coletivo de trabalho com a APED”-Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição, lamentando que a representante das entidades patronais não queira negociar.
O CESP sublinha, no entanto, que a iniciativa do Continente é semelhante à de outras empresas de distribuição que “tentam ‘comprar’ os trabalhadores com este tipo de ‘benesses’, sem, no entanto, especificar esses comportamentos nem as instituições em causa.
Da parte do Continente, fonte oficial Sonae MC esclareceu: "Há muitos anos que a Sonae MC organiza uma série de iniciativas que visam a comemoração do Dia do Trabalhador (1 de Maio) com os seus colaboradores, nas suas várias unidades em todo o país. Algumas das ações são de âmbito nacional e outras realizam-se localmente, em função da unidade onde o colaborador presta a sua atividade. Podemos destacar como exemplos momentos de convívio, almoços e jantares de equipa, aulas de culinária, workshops, jogos tradicionais, karaoke, sorteios, entre outros. Estas comemorações existem, sem qualquer prejuízo da liberdade que cada colaborador tem de exercer o seu direito à greve".
Para esta quarta-feira, o CESP tenciona participar nas manifestações da CGTP e prevê piquetes de greve junto de vários super e hipermercados, nomeadamente, do Continente/Modelo, Pingo Doce, Lidl, Jumbo, Aldi, Dia/Minipreço, Pão de Açúcar, de norte a sul do país.
Com a sua luta, os trabalhadores esperam obter “amentos de salários, fim da precariedade, horários dignos e regulados, pagamento do trabalho em dia feriado acrescido de 100%, a negociação das convenções coletivas de trabalho, a rejeição da proposta de lei de alteração ao Código do Trabalho e revogação das normas gravosas”.
O encerramento do comércio no 1.º de Maio e a defesa do direito ao Dia do Trabalhador, e em todos os domingos e feriados é outro dos motivos da greve.