
O aumento das dormidas no país ano passado valeu receitas históricas às autarquias com a taxa turística amealhada, que totalizou 69 milhões de euros. Só a Airbnb cobrou 14,9 milhões de euros aos hóspedes que pernoitaram nos alojamentos em Lisboa e no Porto, uma subida de 10% face a 2022.
A plataforma de Alojamento Local (AL), que firmou acordos com os dois municípios para a entrega direta das receitas da taxa turística cobrada pelos proprietários, já entregou, nos últimos sete anos, um total de 63 milhões de euros: 44,2 milhões de euros desde 2016 a Lisboa e mais de 19,1 milhões de euros desde 2018 ao Porto.
Recorde-se que, em 2023, a câmara liderada por Carlos Moedas foi a que obteve o maior encaixe com o imposto cobrado sobre as dormidas: 40,2 milhões de euros, um avanço de 22% face a 2022. Já o executivo camarário de Rui Moreira ocupou a segunda posição no pódio nacional com uma receita de 18,4 milhões de euros apurados até novembro.
"Viajar pela Airbnb está muitas vezes sujeito a taxa turística e, desde 2014, a plataforma tem vindo a trabalhar com as autoridades de todo o mundo para cobrar e entregar a taxa turística em nome da comunidade Airbnb, incluindo os municípios de Lisboa e Porto. Este trabalho garante que mais comunidades beneficiem das estadias na Airbnb, ajudando as autoridades a receber os impostos que lhes são devidos e tornando o pagamento de impostos mais simples para os anfitriões locais. Este trabalho gerou mais de 10 mil milhões de dólares em receitas fiscais para as autoridades a nível mundial", refere a plataforma.
No ano passado, Portugal bateu todos os recordes no turismo. Nunca houve tantos turistas a visitar país o que se traduziu numa subida do número de hóspedes para 30 milhões (+13,3%) que foram responsáveis por 77,2 milhões de dormidas (+10,7%). Contas feitas, as dormidas dos turistas valeram receitas históricas às autarquias do país no ano passado 23% acima de 2022 e mais 17% face a 2019.