As taxas aeroportuárias são cobradas aos diferentes utilizadores dos aeroportos, das companhias de aviação às empresas de assistência em escala (handling), passando algumas vezes pelo cidadão comum. De 2009 a 2012, as taxas estiveram congeladas..Depois da privatização da ANA, têm vindo a ser atualizadas anualmente, com base num método que tem em conta não só a evolução da inflação como o tráfego aéreo previsto, o que permite uma maior adaptabilidade ao mercado, variando em função do tráfego aéreo. A mudança do sistema de cálculo não fez que as taxas aumentassem desproporcionadamente: no aeroporto de Lisboa, que pela sua natureza é o “mais caro” da rede, o aumento real por passageiro foi de 0,36 euros..A escolha pela multiplicidade de taxas, ao invés de uma taxa única, justifica-se pelo respeito do princípio do utilizador-pagador, assegurando que os vários clientes pagam apenas o que usam, e através de um valor unitário que se adequa ao consumo dos recursos que estão a utilizar. Por exemplo, uma companhia aérea que não utiliza as pontes para desembarcar os passageiros não pagará por esse equipamento, e se o utiliza deve ser-lhe cobrado pelo tempo de utilização. As taxas variam ainda consoante as necessidades específicas de cada aeroporto, o que explica que o mesmo tipo de taxa possa ter valores diferentes no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, no Sá Carneiro, no Porto, ou no Cristiano Ronaldo, no Funchal..Afinal, para que servem as taxas?.As taxas são usadas com vários objetivos: gestão do aeroporto, manutenção de edifícios, pavimentos e equipamentos, procedimentos relacionados com regras definidas para o setor (por exemplo de safety e security), ou serviços de conforto prestados aos passageiros na sua chegada e na sua partida. E se algumas têm tido aumentos significativos - como é o caso do estacionamento de longa duração no aeroporto de Lisboa, que permitiu uma utilização mais eficiente do espaço de estacionamento daquela estrutura -, a grande maioria tem-se mantido estável.