AHRESP pede a Lagarde "prudência" na subida das taxas de juro

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal diz que subida das taxas de juro impactará as empresas e pede "precaução e moderação" ao BCE.
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A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) não viu com bons olhos as declarações de Christine Lagarde na abertura do fórum anual do Banco Central Europeu (BCE), em Sintra, e alerta que uma subida das taxas de juro terá impactos nas empresas e na economia.

"Uma subida das taxas de juro e o aumento do custo do financiamento bancário dificulta não só o investimento das empresas, mas também a criação de emprego e o consumo dos particulares, com o risco acrescido de culminar numa eventual recessão económica", diz a associação em comunicado.

A presidente do BCE, deixou claro, ontem, que a subida dos juros vai ser musculada e que irá "tão longe quanto for necessário para assegurar que a inflação estabiliza na meta de 2%, no médio prazo". A AHRESP pede "prudência" ao BCE.

"Será necessário atuar com muita prudência, uma vez que as economias europeias ainda estão a recuperar de uma crise originada pela pandemia da COVID-19 e que deixou milhares de empresas totalmente descapitalizadas", adianta.

Lagarde frisou que os níveis atuais e as expectativas de inflação estão indesejavelmente elevados e que é preciso arrefecer os preços dos mercados e das economias, mas garantiu que o BCE vai tentar proteger os países da "fragmentação" nos níveis de juros da zona euro, isto é, tentar evitar que alguns sintam de forma "exacerbada" o aumento dos juros.

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