AHRESP reforça "urgência de chegarem às empresas os apoios já aprovados"

A associação que representa a hotelaria e restauração defende que "para as empresas é de grande importância que os próximos meses resultem num quadro de estabilidade social e económica" e que próximo assegure o crescimento da economia.
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Com a Assembleia da República a ser dissolvida nas próximas semanas e as eleições legislativas antecipadas marcadas para 30 de janeiro, a AHRESP - associação que representa os setores do alojamento, restauração e similares - reforça a necessidade de que os apoios que foram já aprovados cheguem às empresas destes setores - fustigados pelos efeitos da pandemia - e apelam à estabilidade nos próximos meses para que a economia possa crescer, ajudando assim à retoma nomeadamente destes setores.

"A AHRESP relembra que para as empresas é de grande importância que os próximos meses resultem num quadro de estabilidade social e económica que permita que um próximo Governo promova as reformas que são necessárias ao País e se assegure o crescimento da economia. Para isso, é necessário que as empresas estejam preparadas e sobretudo estejam capitalizadas para fazer face aos desafios que se colocam", começa por assinalar a associação liderada por Ana Jacinto numa nota enviada à comunicação social.

As firmas de hotelaria, restauração e similares "deixaram de ter receitas desde o início da pandemia e muitas delas só agora é que começam a recuperar muito lentamente, e tendo de sofrer nos últimos meses os impactos do aumento dos seus custos com matérias-primas" como a subida de preços da energia e dos combustíveis. "Daí, a AHRESP reforça uma vez mais a urgência de chegarem às empresas os apoios já aprovados, o que não tem de estar dependente das circunstâncias políticas atuais", acrescenta.

Ao ECO, Ana Jacinto afirmou nesta segunda-feira, 8 de novembro, que a "crise política é de facto preocupante, mas já tínhamos sinalizado as nossas preocupações até antes da crise política, que agora veio agravar tudo".

"Tudo pode servir de desculpa para que as medidas que estavam no papel não saiam cá para fora e para que não sejam criadas novas medidas que são de facto cruciais para esta reta final", acrescentou a responsável.

A secretária-geral da AHRESP sublinhou ainda ao jornal online de economia que o único apoio que ainda está ativo é o apoio à retoma progressiva. "Depois, há apoios que não foram disponibilizados e não foram pagos. Antes mesmo desta crise política, já estávamos a finalizar junto do Governo a necessidade de continuar a apoiar estas empresas na reta final. Mas desconhecemos a intenção do Executivo de continuar a criar medidas de apoio para estas empresas. E isso preocupa-nos".

Os setores da restauração, similares e alojamento em Portugal são compostos sobretudo por um tecido empresarial de micro e pequenas empresas. A pandemia - apesar dos apoios, muitos que chegaram às empresas com atrasos tem vindo a alertar a associação - passou uma fatura muito pesada a estas atividades económicas. E a entrada na época baixa está a fazer soar as campainhas de alarme. "Janeiro e fevereiro são meses péssimos, sempre foram para estes setores de atividade, e vão ser ainda piores este ano e para conseguirmos ultrapassar isto é preciso manter os apoios" e não deitar tudo a perder, salientou Ana Jacinto ao Eco.

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