A Air Liquide assinou um acordo de venda do seu negócio na Rússia à equipa de gestão local, já que sairá do país devido à invasão russa à Ucrânia, anunciou a empresa, esta sexta-feira.
O fabricante francês de gases industriais, que opera em Portugal, explicou em comunicado que o acordo foi assinado para que haja uma saída "responsável e ordenada", aguardando pela aprovação das autoridades russas.
Além disso, a Air Liquide informou que os seus negócios na Rússia não serão mais consolidados em termos de contabilidade financeira, com data a partir de 1 de setembro, decisão que justificou com a "evolução geopolítico".
A venda do negócio a dirigentes locais visa permitir uma "transferência ordenada, viável e responsável" que garanta, nomeadamente, a continuidade do fornecimento de oxigénio aos hospitais.
Aquando da apresentação dos resultados financeiros do primeiro semestre deste ano, a empresa tinha antecipado a constituição de uma provisão excecional de 404 milhões de euros para cobrir os ativos na Rússia, realçando então que esta "não teria impacto" na tesouraria do grupo empresarial.
A Air Liquide emprega 720 pessoas na Rússia e a sua faturação representa menos de 1% do volume de negócios mundial.