O CEO da STIHL, Michael Traub, esteve em Portugal para a inauguração do espaço que representa um investimento de mais de 10 milhões nas novas instalações da empresa no país. “Quando olhamos para o longo prazo, o potencial de Portugal para nós, como empresa de equipamentos automotivos, é claramente grande. E isso deixa-nos muito confiantes para apostar aqui. Além disso, quando se olha para as instalações de formação, percebe-se que estas podem ser utilizadas não só apenas por Portugal e Espanha, mas também fora destes países. Quem não gostaria de vir a Portugal?”, começa por dizer Traub ao Diário de Notícias.“Vários grupos regionais com quem trabalhamos podem vir cá fazer formação, fazendo uso desta localização, o que transformará estas instalações num verdadeiro hub na Europa”, justificou o responsável. Traub falou ao DN este sábado, 20 de setembro, minutos antes da inauguração oficial das novas instalações em Sintra, na qual estiveram também presentes representantes da família Stihl, proprietária da empresa que, no próximo ano, celebra o seu centenário. Sentado no showroom da marca, Traub explicou com entusiasmo como é liderar uma empresa familiar cujos valores continuam perfeitamente alinhados, e que continua a conquistar quota de mercado num cenário global que classificou como “extremamente dinâmico”.A STIHL, fundada em 1926 por Andreas Stihl, chamado de “pai da motosserra moderna”, fatura globalmente cerca de 5,5 mil milhões de euros por ano, e é desde a década de 1970 a marca de motosserras mais vendida do mundo. É, também, líder de mercado em Portugal, tendo na floresta, agricultura e meios urbanos as suas principais áreas de negócio.. Atualmente, a STIHL investe cerca de 80% do orçamento de Investigação & Desenvolvimento (I&D) na transição energética. Mais de 30% das vendas da empresa são asseguradas por produtos a bateria, um valor que ainda é “baixo para o que será preciso alcançar”. Em 2035, a STIHL pretende que este número se fixe em redor dos 80%. “Até lá, queremos continuar a investir para ser os melhores, tanto nos produtos que vendemos atualmente como nos que queremos vender a bateria. Ou seja, sabemos que somos líderes nos produtos a combustão, mas queremos garantir que quando a transição energética for mais alargada, os nossos parceiros e clientes se mantenham connosco, porque continuaremos a ser os melhores nos produtos a bateria”, salienta Traub.Em Portugal, a STIHL passa agora a ter um espaço onde será possível fazer formação a cerca de 500 pessoas por ano, o que deverá ajudar também a estancar a falta de recursos humanos que, “tal como outros setores, este também sente”, lamenta Traub.“Estas novas instalações representam um momento de viragem na história da STIHL em Portugal”, reforça por seu lado Juvenal Martins, diretor-geral da STIHL Portugal. “É com enorme orgulho que passamos a dispor de um centro de formação de referência na Europa e de um showroom modelo único, que nos permitem estar ainda mais próximos dos nossos clientes e parceiros. Com esta infraestrutura, temos agora condições para crescer de forma sustentada, apostar ainda mais na qualificação dos profissionais do setor e reforçar o papel da STIHL como líder de mercado em Portugal”. Na mesma ocasião, os responsáveis explicaram que estas instalações irão integrar também um centro de treino outdoor e estarão aptas a receber eventos e visitas de escolas, por forma a reforçar a ligação à comunidade.Há duas décadas que a empresa mantém a liderança em Portugal, faturando 30 milhões ao ano, um valor que pretende ultrapassar em 2025, acompanhando dessa forma o crescimento global do grupo, que tem atualmente fábricas nos EUA, China, Filipinas, Alemanha, Brasil, Suíça e Áustria. Uma nova unidade vai, entretanto. ser inaugurada em outubro, na Roménia. NÚMERO30 milhõesFaturação anual da STIHL Portugal, que deverá ser ultrapassada já neste ano de 2025