Almina investe 11 milhões para reduzir emissão de poeiras na mina de Aljustrel

Construção de uma nova britagem secundária de superfície veio substituir instalação com 16 anos. Projeto também reduziu consumo energético.
Almina investe 11 milhões para reduzir emissão de poeiras na mina de Aljustrel
Ângelo Lucas/Global Imagens
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A Almina, que tem a concessão das minas de Aljustrel (Beja), anunciou esta segunda-feira ter investido 11 milhões de euros na construção de uma nova britagem secundária de superfície, que permitirá reduzir a emissão de poeiras.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a empresa alentejana explicou que a nova britagem secundária de superfície foi instalada numa localização mais favorável “para o controlo e redução da emissão de poeiras e consequente melhoria da qualidade do ar”. 

“A empresa substitui assim a instalação que existia há 16 anos, construindo uma nova unidade mais compacta e de maior eficiência”, acrescentou.

Na nota, a Almina recordou que a anterior britagem secundária estava localizada junto à lavaria, “num ‘layout’ disperso por três edifícios”, que se ligavam “através de tapetes transportadores”.

Por oposição, continuou, a nova instalação está 90 metros mais afastada da Estrada Nacional (EN) 261 e, “consequentemente”, da vila de Aljustrel, ocupando agora “apenas um espaço coberto já existente”.

Localizada a uma cota inferior “em 11 metros relativamente à anterior”, a nova britagem secundária também permitiu à Almina uma diminuição “em 264 metros do comprimento dos tapetes transportadores exteriores, reduzindo assim o número de pontos de dispersão de poeiras”.

A par disso, a infraestrutura “foi implantada de acordo com um ‘layout’ mais simplificado e modernizado, recorrendo a equipamentos de nova geração, mais eficientes e mais adequados tanto à atividade mineira como ao material a explorar”, frisou a empresa.

O novo equipamento possibilitou igualmente a “redução da probabilidade de dispersão de poeiras, devido à sua base de implantação em laje de betão armado com pendente única”, assim como “uma limpeza mais eficiente, evitando a deposição de partículas por períodos longos”, e um “melhor controlo da dispersão de partículas, através da colocação de sistemas de nebulização em todo o perímetro”.

A redução do consumo energético, “devido à utilização de equipamentos ‘heavy duty’ de maior eficiência”, é outra das mais-valias da nova britagem secundária apontada pela empresa mineira.

No comunicado enviado à Lusa, a Almina explicou que esta nova unidade permitiu reduzir “os elevados custos de manutenção”, mas manter “a capacidade instalada de extração, licenciada pelo TUA – Título Único Ambiental e SIR – Sistema de Indústria Responsável, de 7.008.000 toneladas/ano”.

A empresa acrescentou que vai continuar “a cumprir o Programa de Monitorização da Qualidade do Ar”, sustentando que este investimento “incorpora uma lista de medidas estratégicas” que tem vindo a desenvolver, “numa perspetiva de redução dos seus impactes, promovendo a melhoria contínua sustentável”.

A Almina é a empresa concessionária das minas alentejanas de Aljustrel, que produzem cobre, zinco e chumbo.

A empresa conta mais de 1.200 colaboradores, entre trabalhadores próprios e de empreiteiros, tendo registado, em 2023, uma faturação de 160 milhões de euros.

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