Um grupo de 13 analistas júnior do Goldman Sachs decidiu protestar contra a falta de condições de trabalho fazendo circular uma nota de análise, ao estilo das que são produzidas pelo banco de investimento, onde denuncia semanas de trabalho a roçar as 100 horas, metas de trabalho irrealistas, e intromissão da gestão na condução de pequenas tarefas..A nota, para circulação interna na empresa, fez eco nos media, que reportam a forma original de exigência de melhores condições de trabalho numa profissão e empresa onde se praticam salários particularmente elevados, como assinalam o New York Times e a Reuters..O grupo de jovens analistas do Goldman, no primeiro ano em funções, produz um estudo, no qual se constituem como amostra, e aponta uma média de 98 horas de trabalho por semana, com cinco horas dormidas por noite. O objetivo do protesto, dizem, é impor um limite de 80 horas semanais de trabalho, e também assegurar o direito a desligar a partir das 21h de sexta-feira e ao sábado, a menos que excecionalmente aprovado o trabalho nesses períodos, além de assegurar mais tempo de preparação para tarefas como reuniões com clientes..As queixas incluem privação de sono, deterioração de relações interpessoais com familiares e amigos, falta de tempo para comer, tomar banho, tratamento de menor consideração por parte de profissionais mais antigos, e intromissão excessiva da gestão em pequenas tarefas.