A avaliar pelas projeções à boca das urnas, na análise de Luís Marques Mendes, na SIC Notícias, com a queda do PCP e do Bloco de Esquerda "o País vira um pouco ao centro. Porventura mais ao centro esquerda, mas não deixa de ser uma viragem ao centro". O ex-líder do PSD e comentador considera "interessante a recentragem da vida política".
"Eu acho mesmo que a geringonça acabou, está morta e enterrada. Não vai repetir-se mesmo que o PS não tenha maioria absoluta", aponta ainda Marques Mendes.
"Há uma forte penalização dos partidos que provocaram a crise, PCP e o Bloco de Esquerda. O que mostra que esta crise era de facto impopular, que ninguém a compreendia e, portanto, quem chumbou o Orçamento [do Estado para 2022] paga uma fatura. Era previsível, mas aparentemente confirma-se", segundo Marques Mendes, para quem se confirma também a surpresa da Iniciativa Liberal, que, afirma, "fez a melhor campanha de todas".
"O Partido Socialista, a confirmarem-se estes resultados [das projeções], é um grande vencedor", ajuiza Marques Mendes. "António Costa tem uma grande Vitória. Mesmo não tendo maioria absoluta, e provavelmente não terá, é um grande resultado. Primeiro porque ele ganha às sondagens, porque ele ganha às espectativas dos últimos dias e semanas, ele ganha à erosão governativa - porque está no poder há seis anos."
"Sejamos francos e honestos: goste-se ou não se goste de António Costa, goste-se ou não se goste do Partido Socialista, isto é obra", afirmou o comentador em antena na SIC Notícias ainda por volta das 20h30 deste domingo. "Ao fim de todos estes anos, do desgaste inerente, conseguir um resultado ainda superior ao que teve em 2019 é qualquer coisa que merece estudo."