Autoeuropa. Administração propõe encurtar validade de pré-acordo laboral após chumbo dos trabalhadores

Comissão de trabalhadores defende que a redução da validade do pré-acordo, de três para dois anos, por parte da administração, "vai ao encontro da exigência da maioria dos trabalhadores".
Autoeuropa. Administração propõe encurtar validade de pré-acordo laboral após chumbo dos trabalhadores
Publicado a

Duas semanas depois de os trabalhadores da Autoeuropa terem chumbado o pré-acordo laboral, desenhado entre a comissão de trabalhadores e a direção da empresa, a administração da fábrica de Palmela propôs, esta quinta-feira, a manutenção dos termos acordados mas, agora, com uma validade de dois anos, e não de três.

Em comunicado, a comissão de trabalhadores anuncia um novo referendo ao acordo para os dias 23 e 24, havendo possibilidade dos trabalhadores exercerem o voto antecipado entre os dia 19 e 22. Segundo a comissão de trabalhadores, a maioria dos trabalhadores foi clara ao afirmar, através do voto, "que não era aceitável um acordo a três anos". Por isso, "defendeu instransigentemente a necessidade de um acordo que vá ao encontro das necessidades" dos trabalhadores.

A redução da validade do acordo, de três para dois anos, por parte da administração, "vai ao encontro da exigência da comissão de trabalhadores e da maioria dos trabalhadores".

O pré-acordo propost visa um aumento salarial de 6,8% em 2024 e garante um aumento mínimo de 2,6% em 2025, ou de 0,6% acima da inflação média do ano anterior, e um prémio de objetivos anual, que poderá proporcionar, em média, mais de 2 500 euros a cada trabalhador.

É proposto, ainda, um prémio único a atribuir em 2025, equivalente a um mês de salário, pelo lançamento do novo modelo híbrido T-Roc, que será produzido a partir do próximo ano na fábrica da Volkswagen, em Palmela, no distrito de Setúbal.

No referendo de 3 de abril, 57,7% votaram "não" ao pré-acordo laboral de três anos.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt