O Banco de Portugal passou a incluir as moedas digitais, como a bitcoin, na lista de fatores de risco de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo que os bancos devem ter conta.
Numa instrução dirigida aos bancos, divulgada esta sexta-feira, o supervisor inclui como fator de risco "produtos ou serviços associados a ativos virtuais".
"A instrução n.º 2/2021 divulga novos fatores e tipos indicativos para que as entidades financeiras possam classificar operações financeiras com um nível de risco potencialmente mais reduzido ou mais elevado de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo", explica o supervisor num comunicado divulgado no seu site.
"Esta instrução define ainda o conteúdo concreto das medidas específicas que as entidades financeiras devem adotar para identificar as operações em causa e qual a atuação adequada em cada caso", adianta.
A bitcoin, maior criptomoeda, bem com outras moedas virtuais, têm vindo a registar máximos históricos nos últimos meses, atraindo investidores instituicionais e do retalho.
Recentemente, o Banco de Portugal voltou a lançar um alerta sobre os riscos de investir em ativos virtuais devido à sua elevada volatilidade.