Durante o XVI Encontro Financeiro EXPANSIÓN-KPMG, o BBVA abordou os dados apresentados pelo Sabadell sobre a adesão dos acionistas à sua oferta pública de aquisição (OPA). Onur Genç, CEO do BBVA, expressou otimismo ao afirmar: "Acreditamos que a aceitação irá superar os 50%".Atualmente, mais de 30% do capital do Sabadell está nas mãos de investidores institucionais que não seguem índices, incluindo investidores que negociam com base em diferenças de preço e que já garantiram sua participação na OPA. Genç destacou que "todos os nossos interlocutores confirmaram que vão participar". Além disso, cerca de 20% do capital pertence a fundos que replicam o Ibex 35, e muitos desses investidores manifestaram a intenção de participar com uma parcela significativa dos seus ativos.Entretanto, a voz dos acionistas minoritários é essencial, já que eles detêm entre 41% e 42% do capital do Sabadell e costumam seguir as orientações do conselho. Genç espera que "hoje possamos alcançar uma aceitação de 40% sobre os 2% de ações que representamos de pequenos investidores". Até agora, apenas 1% dos minoritários aceitou a OPA, e o prazo para adesão termina na próxima sexta-feira, 10 de outubro.O CEO do BBVA também criticou a gestão do Sabadell, comentando que a confusão gerada em torno do preço de uma possível segunda OPA "não é aceitável". O administrador do banco alegou que o Sabadell está a "induzir em erro" os acionistas ao sugerir que o preço da próxima OPA será superior ao atual. Genç reforçou que "as informações do Sabadell não estão corretas", pois o preço será definido de acordo com a legislação vigente.Por outro lado, o Sabadell argumenta que o preço da segunda OPA deve ser "necessariamente superior", uma vez que a lei exige um preço justo. Caso ocorra uma segunda OPA, a CNMV (a autoridade reguladora e supervisora dos mercados financeiros de Espanha) será a responsável por determinar esse valor, e a interpretação da legislação poderá ser complexa.Além disso, na semana passada, o BBVA apresentou uma queixa à CNMV sobre práticas inadequadas nas agências do Banco Sabadell que dificultam o processo para acionistas que desejam aceitar a OPA. Carlos Torres, presidente do BBVA, mencionou que "há evidências de clientes a enfrentar dificuldades nas agências para realizarem o procedimento de aceitação". A queixa aponta para barreiras impostas aos investidores para obter informações atualizadas sobre as suas ações, essenciais para participar na OPA.