BE: "Não pode apresentar na maior crise que este país já viu 7 mil milhões de euros por executar"

Para Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, o ministro das Finanças "não pode apresentar na maior crise que este país já viu 7 mil milhões de euros por executar."
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Na audição ao ministro das Finanças, Mariana Mortágua considerou como inaceitável que tenham ficado "quase 7 mil milhões de euros por executar" em 2020. Notando que "foi viabilizado um Orçamento Suplementar em junho de 2020", as o ministro das Finanças "só não teve mais poderes porque não pediu."

A deputada apontou que João Leão "passou 2020 a regatear apoios", destacando que "até o subsídio de risco" para os profissionais de saúde foi "regateado".

"Ficaram quase 7 mil milhões de euros por executar. É quase uma escola pública que ficou por executar", notou a deputada.

"Os dados dizem que nas despesas correntes ficaram por gastar 5 600 milhões de euros", indicou, acusando João Leão de fazer de todos "fantoches num debate orçamental."

"A discussão orçamental não é uma brincadeira. Não nos pode dizer que não executa e que faz bem em não executar." Mariana Mortágua sublinhou o "conjunto de serviços públicos onde a falta de investimento fez a diferença." "Os apoios chegaram tarde aos empresários, muito depois do que era suposto."

Para o BE, o ministro "não tem de trabalhar para apresentar uma folga no final do ano, tem de trabalhar para executar a despesa. Se lhe faltam poderes para alocar a despesa de um programa para outro venha à Assembleia, que certamente terá esse apoio."

Mariana Mortágua criticou ainda uma "obsessão pela estratégia de consolidação orçamental", sublinhando que se este tipo de atuação é "incómoda em tempos de crescimento, em tempo de crise é ainda mais".

Na resposta, João Leão deixou a crítica de que a intervenção da deputada do Bloco "não foi adaptada à apresentação feita" na intervenção inicial.

"Na parte das escolas e na educação executou-se acima do que estava orçamentado. Tudo o que referiu estava acima do orçamentado".

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