BPI. Bancos e autoridades trabalham em soluções para setores mais afetados

"Estamos a trabalhar em soluções robustas para apoiar principalmente empresas viáveis", disse João Pedro Oliveira e Costa.
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O presidente executivo do BPI disse esta segunda-feira que os bancos estão a trabalhar com as autoridades para encontrar soluções para os setores mais afetados pela crise e que não deverão ter capacidade de começar já o reembolso dos créditos.

"Temos vindo a trabalhar em conjunto com vários intervenientes para encontrar a solução mais adequada e para setores mais afetados, estamos a concentrar esforços nos setores e famílias mais afetados", disse João Pedro Oliveira e Costa na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre.

O objetivo, disse, é encontrar soluções que "não tenham impacto adverso nos bancos, não impeçam o apoio à economia", nem impactos negativos nos clientes.

"Estamos a trabalhar em soluções robustas para apoiar principalmente empresas viáveis, neste momento mais importante é que essas soluções vejam a luz do dia o mais depressa possível. É preciso ter nesta fase paciência, estamos todos a trabalhar bastante, não antevejo um drama relativamente a este assunto nos próximos meses", acrescentou.

A semana passada, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse que o Governo está a preparar uma solução para prolongar e assegurar "alguma carência" nas moratórias para os setores mais afetados pela pandemia, que deverá passar pela garantia de Estado a parte do crédito.

Falando durante uma audição regimental na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, o governante adiantou que o modelo "deverá passar, designadamente, pela capacidade de o Estado poder garantir alguma parte do crédito que está sob moratória, para permitir estender os prazos de reembolso destes créditos e permitir, também, assegurar alguma carência".

O objetivo, explicou, é "que as empresas não concentrem o seu "cash flow" imediatamente no reembolso de dívidas".

Em causa estão empresas dos setores mais afetadas pela pandemia de covid-19, nomeadamente o alojamento, restauração, comércio a retalho e alguns segmentos da indústria transformadora, precisou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital.

Entre as entidades que estão a trabalhar neste tema está também o Banco de Portugal.

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