Bruxelas avisa para efeitos no crédito malparado com o fim dos apoios em Portugal

Comissão Europeia indica que Portugal continua com desequilíbrios, identificando várias "vulnerabilidades" devido à elevada dívida pública e privada.
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A Comissão Europeia identifica riscos com a retirada dos apoios às famílias e empresas que pode fazer subir o crédito malparado no sistema bancário.

"O crédito não-produtivo [malparado] corre o risco de aumentar quando as medidas temporárias de apoio forem eliminadas gradualmente", lê-se no documento da quadro da adoção do «pacote da primavera» do semestre europeu de coordenação de políticas económicas e orçamentais.

Na avaliação do colégio de comissários, Portugal está no grupo dos países com desequilíbrios, mas não excessivos, apresentando problemas com a dívida pública e privada e o baixo crescimento da produtividade, o que implica uma análise aprofundada para determinar os desequilíbrios macroeconómicos.

"As vulnerabilidades dizem respeito a grandes stocks de dívida externa, os créditos malparados continuam elevados, num contexto de baixo crescimento da produtividade", refere a nota do colégio de comissários, lembrando que a dívida pública aumentou "substancialmente em 2020 em resultado da recessão e das medidas de apoio implementadas para amortecer o impacto da crise, mas prevê-se uma redução moderada este ano e no próximo com a redução dos défices orçamentais", acrescenta.

Além de Portugal, o relatório do mecanismo de alerta recomenda análises aprofundadas para a Croácia, a França, a Alemanha, a Irlanda, os Países Baixos, a Roménia, a Espanha e a Suécia.

Por seu lado, três Estados-membros continuam a registar desequilíbrios excessivos, como Chipre, Grécia e Itália.

Na posição hoje divulgada, o executivo comunitário assinala que "a implementação do Mecanismo de Recuperação e Resiliência será fundamental para reduzir os desequilíbrios macroeconómicos existentes, uma vez que apoiará reformas e investimentos que abordem os desafios identificados ao longo dos ciclos semestrais anteriores", numa alusão ao fundo de recuperação pós-crise pandémica.

Bruxelas sublinha o impacto "importante" da covid-19 no turismo não só no presente, mas "no futuro próximo", recomendando a utilização dos fundos da bazuca europeia para alavancar a recuperação da economia, tal como para outros países.

Além de Portugal, o relatório do mecanismo de alerta recomenda análises aprofundadas para determinar a gravidade dos desequilíbrios macroeconómicos de Croácia, França, Alemanha, Irlanda, Países Baixos, Roménia, Espanha e Suécia.

Por seu lado, três Estados-membros continuam a registar desequilíbrios excessivos, como Chipre, Grécia e Itália.

Na posição hoje divulgada, o executivo comunitário assinala que "a implementação do Mecanismo de Recuperação e Resiliência será fundamental para reduzir os desequilíbrios macroeconómicos existentes, uma vez que apoiará reformas e investimentos que abordem os desafios identificados ao longo dos ciclos semestrais anteriores", numa alusão ao fundo de recuperação pós-crise pandémica.

Com Lusa

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