Depois de fechar o acordo salarial com as estruturas sindicais, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou esta sexta-feira que aumentou o salário mínimo aos trabalhadores nos quadros para 1.359 euros brutos. Face a este aumento, o salário médio do banco sobe para 2.462 euros brutos. Estes crescimentos refletem o aumento médio ponderado de 0,92% em 2021 e de 0,90% para este ano. Além dos aumentos salariais, a CGD decidiu investir 1,9 milhões em formação.
"O salário mínimo pago aos colaboradores da Caixa, de 1.359,03 euros (incluindo subsídio de alimentação), reforça ainda mais o salário médio dos trabalhadores que estão nos quadros da Caixa que ascende a 2.462 euros", informa o banco do Estado num comunicado enviado à redação.
O banco liderado por Paulo Macedo refere que se se considerar os subsídios de férias e de Natal, o salário mínimo ascende a 1.525 euros. "Fica, assim, 12% acima daquela que é a remuneração média no mercado nacional", lê-se.
"A nova retribuição mínima dos quadros da Caixa é bastante superior à remuneração bruta mensal média - que considera os valores dos subsídios de férias e de Natal - por trabalhador em Portugal que subiu para 1.361 euros, de acordo com os dados do INE", complementa a Caixa.
A administração de Paulo Macedo afiança que a CGD é o banco que melhores condições remuneratórias garante, visto que a tabela salarial na organização "já é quase 20% superior às dos bancos com que concorre".
A CGD foi o primeiro banco português a fechar a revisão salarial para 2022, numa altura em que se iniciam negociações para revisão do Acordo Coletivo de Trabalho dos bancários, sob a égide da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, do Ministério do Trabalho.
À revisão salarial acresce também uma renovada aposta na formação dos quadros do banco. Há um ano, a CGD investiu 1,65 milhões em ações de formação, mas para 2022 esse valor subirá para 1,9 milhões. Contas feitas, em cinco anos (entre 2017 e 2022), o montante total canalizado para formação dos trabalhadores da Caixa ascende a 8,5 milhões de euros, de acordo com o banco.
"A valorização dos profissionais da Caixa, que só é possível graças ao empenho e ambição de todos, passa também pela aposta na sua formação contínua, dotando-os de competências que permitam dar resposta às exigências do setor financeiro de hoje", argumenta a CGD.
A atualização destes valores ocorre menos dez dias depois do acordo fechado com os sindicatos bancários. Em dezembro, o Sindicato de Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), que acabou por subscrever o acordo, convocou uma greve, reivindicando um aumento mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores.