O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) abre a partir de amanhã candidaturas a apoios à contratação permanente financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência, com 230 milhões de euros que poderão comparticipar os custos de até 30 mil contratações de desempregados..A medida, que exige a publicitação prévia de oferta de emprego no site IEFP, visa prioritariamente a contratação de jovens e pessoas com incapacidades que estejam desempregados, segundo os critérios de análise legislados, estando também acessível a outras contratações sem termo..Está previsto um apoio base de 5 318,40 euros, pago ao longo de dois anos, que poderá ser majorado, no limite, até aos 11 434,56 euros, de acordo com as características dos trabalhadores contratados..A exemplo, recrutar um jovem desempregado de até 35 anos amplia o apoio para 6648 euros, numa das majorações possíveis. O valor de apoio cresce também se o salário inicial corresponder no mínimo a dois salários mínimos, ou 1410 euros, assim como quando o trabalhador é abrangido por contratação coletiva ou é recrutado para um território no interior do país. A contratação de trabalhadores portadores de incapacidade também assegura bónus (para um total de 7 179,84 euros), assim como a contratação de um trabalhador subrepresentado na profissão (o bónus à promoção da igualdade de género aumenta o apoio para 6 913,92 euros)..As majorações podem ser acumuladas. Para obter o apoio máximo de 11 434,56 euros será necessário cumprir estes dois últimos critérios (trabalhador com incapacidade e promoção da igualdade de género) e outros dois. Por exemplo, na contratação de um jovem no interior do país..Este apoio - pago faseadamente - é ainda complementado com uma redução de 50% em contribuições sociais devidas pelo empregador no primeiro ano da contratação, até um máximo de 3 102,40 euros. Este valor total de redução na taxa social única só poderá, no entanto, ser obtido em salários a partir dos 1866 euros..Num exemplo, com cálculos do Dinheiro Vivo, a contratação de um jovem por um mínimo de dois anos e com um salário de 1410 euros, sem considerar o preenchimento de mais nenhum critério, dará direito a um apoio de 7977,60 euros e uma redução nas contribuições sociais no valor de 2 327,5 euros. Ao todo, serão 10 305,10 euros, representando 21% dos custos totais de manter a contratação deste trabalhador por dois anos (ao todo, 49 194,90 euros, incluindo taxa social única e pagamento ao Fundo de Compensação do Trabalho)..Já contratar um jovem pelo valor do salário mínimo por dois anos, implicando um custo total de 24 625,65 euros, dá direito a um apoio de 6648 euros e a uma redução de 1172,06 euros nas contribuições sociais. Neste caso, o empregador vê os custos reduzidos em 32%..A medida não impede despedimentos, mas ao receber os apoios as entidades empregadoras comprometem-se a manter o nível de emprego à data da contratação por um período de 24 meses. Ou seja, terão de manter o mesmo número de postos de trabalho ocupados..As condições de acesso à medida estão detalhadas no site do IEFP.