
A declaração de Paulo Macedo surge em resposta ao CEO do Santander, Pedro Castro e Almeida, que recentemente referiu "ser estranho" se a Caixa Geral de Depósitos comprasse o Novobanco.
Na conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2024, o CEO da CGD referiu que, calculando que "poderiam fazer-me algumas perguntas sobre o Novobanco", esteve "a ler o que disse em 2024 e temos a mesma posição: a CGD está a analisar hipóteses que haja no mercado, interessam-nos operações que possam ter sinergias com a CGD, que possam acrescentar valor e cujo total seja maior que o somatório das partes. O que isto quer dizer é que estamos a analisar essa hipótese, mas o Novobanco escolhe o seu caminho – se faz IPO ou não. Mas temos uma ideia das condições que seria necessárias, da nossa parte, para haver algum interesse mais decisivo".
E aproveitou para responder a Castro e Almeida: "Sinceramente, ficaria mais preocupado se a banca espnhola em Portugal passe a ficar com 45% de quota de mercado, o que creio não existir noutros lugares, que eu me recorde".
Na mesma ocasião, Paulo Macedo referiu que não se ia pronunciar sobre um eventual preço da operação, uma vez que não tem informação suficiente sobre o assunto para poder fazê-lo. Mas, "se aplicássemos os múltiplos que tenho visto serem aplicados, relativamente ao Novobanco, à CGD, a Caixa teria um valor de entre 9 a 16 mil milhões de euros", atirou divertido.
De resto, Paulo Macedo afirmou apenas que não iria pronunciar-se mais sobre o Novobanco. "Quando houver factos, pronunciar-me-ei. Até lá, não há mais nada a dizer".