CGD propõe aumento salarial médio de 3,25% para 2024, mas sindicato recusa

Três reuniões depois, STEC continua a rejeitar proposta de revisão salarial da Caixa Geral de Depósitos para 2024.
FOTO: Rui Manuel Fonseca/Global Imagens
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 A Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresentou esta quinta-feira uma nova proposta de revisão salarial para 2024, que prevê aumento médio de 3,25% para os trabalhadores, variando entre os 3% e os 6,74% em função do nível remuneratório, mas o principal sindicato do grupo recusou.

Em comunicado, o banco refere que "apesar dos esforços no sentido da consensualização dos aumentos a aplicar", que resultaram em três reuniões, a proposta foi recusada pelo STEC. Em janeiro, a CGD já havia proposto um aumento médio de 3% na tabela salarial.

Embora saliente que o aumento proposto reflete "o reconhecimento do contributo dos colaboradores para os resultados alcançados", a Caixa admite ter em conta "o atual contexto económico e as orientações conhecidas".

Ainda assim, lê-se na nota enviada à imprensa, é uma subida "muito acima das propostas conhecidas no setor (2%)". Com as promoções já realizadas e as futuras, a instituição espera atingir um aumento de 5% na massa salarial global em 2024, elevando, assim, o poder de compra dos trabalhadores.

O banco recorda que, desde que foram retomadas as atualizações anuais da tabela salarial, tem havido consenso com a maioria dos sindicatos. Por acreditar que a proposta apresentada valoriza os salários, a CGD reite que "os stakeholders envolvidos devem convergir no sentido de que esta atualização seja aplicada com a maior brevidade possível".

Em termos práticos, a proposta hoje apresentada e as promoções realizadas e por realizar, possibilitarão que o salário médio na Caixa Geral de Depósitos aumente 101 euros, para os 2717 euros, e que a pensão média suba para 2287 euros, refletindo um acréscimo de 72 euros.

O banco diz ainda que 80% dos trabalhadores no ativo e 51,6% dos aposentados passam a auferir uma remuneração superior a 2000 euros. O subsídio de apoio ao nascimento passa dos 900 para os 1000 euros (+11,1%) e o de refeição aumenta de 12,50 para 12,91 euros.

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