
A CGTP-IN considera que o novo acordo de rendimentos que esta terça-feira é assinado pelo Governo e pelos parceiros na Concertação Social "perpetua os baixos salários, agrava as desigualdades e hipoteca o desenvolvimento do país". Não vai, por isso, subscrevê-lo.
Em comunicado, a central sindical considera que o documento "trava a já insuficiente valorização" do Salário Mínimo Nacional e "insiste na falsa ideia de elevação do salário médio mantendo as normas gravosas da legislação laboral". Ao mesmo tempo, considera, "responde aos interesses dos grupos económicos e financeiros, também por via da fiscalidade".
Considera a central que "o nível de riqueza hoje produzida, conjugado com as dificuldades resultantes do aumento do custo de vida, em particular dos bens alimentares e no acesso à habitação, tornam o aumento geral e significativo de todos os salários como uma questão central".
No entanto, acrescenta, no documento agora apresentado pelo Governo, "não só não há uma inversão de rumo, como se acentuam os traços mais negativos que estão na base dos défices estruturais que afectam o país". Este é, defende um acordo que "não serve os interesses dos trabalhadores nem as necessidades do país".