O boom das compras online continua, mas também o das reclamações. Até 20 de abril, só no Portal da Queixa mais de 5600 consumidores manifestaram o seu descontentamento, um disparo de 144% face a igual período do ano passado. Demora na entrega das encomendas e a falta de apoio ao cliente são os principais motivos de insatisfação.
Comércio de Tecnologia (56% do total) e o de Moda/Vestuário (38%) são os dois setores mais reclamados pelos consumidores no Portal da Queixa que desde o início do ano recebeu 5.688 reclamações relacionadas com o comércio eletrónico. Há um ano tinham sido 2.335 queixas. Ou seja, em média chegaram por dia 50 reclamações à plataforma.
A demora nas entregas das encomendas (43%), a falta de apoio ao cliente (39%), a rutura de stock (9%) e artigos com defeito (7%) são entre os principais motivos de insatisfação dos clientes.
Fevereiro, altura em que país voltou a um segundo confinamento, foi o mês que registou até agora um maior crescimento do volume de queixas face ao ano anterior - uma subida de 343%, para 1.958 queixas, face às 442 reclamações do ano anterior.
"O número de reclamações em março e abril regista um decréscimo, sendo este um resultado expectável, considerando a fase de pós-saldos e a reabertura gradual do comércio", informa o Portal da Queixa. Em abril que, até ao dia 20, foram registadas 608 reclamações, uma quebra de 13%) face ao período homólogo, com 695 queixas registadas.
Em 2020, ano da pandemia e da explosão das compras online, foram registadas no Portal da Queixa um total de 14.698 reclamações, um aumento de 129% face às 6.430 reclamações registadas em 2019.