A Deco Proteste fez saber esta quarta-feira que já ajudou os consumidores a pouparem 15,6 milhões de euros em comissões bancárias, após a iniciativa "fim das comissões abusivas para todos os créditos", o que contribuiu para alteração da legislação em vigor. No entanto, estima que ainda há 5,1 milhões de contratos por excluir de comissões bancárias abusivas..O valor foi contabilizado desde janeiro de 2021, quando o Parlamento proibiu os bancos de cobrar comissões de processamento de crédito para novos contratos. Mas a lei, pelas contas da associação de defesa do consumidor, continua a excluir mais de cinco milhões de contratos, que "ainda estavam a pagar comissões no final de 2021, representando um encaixe total de 119,3 milhões euros em comissões por parte dos bancos".."No caso do crédito à habitação, por exemplo, serão quase dois milhões de contratos cujos titulares continuarão a ser sacrificados, por dezenas de anos, com um encargo, entretanto, proibido por lei", nota a Deco Proteste, em comunicado.."Neste tipo de crédito, os titulares pagam, em média, 2,65 euros mensais, um montante que aumentou 55% nos últimos oito anos", lê-se. Contas feitas, tal custa representa o pagamento de quase três mil euros que cada consumidor paga a mais, face a quem tenha contraído créditos depois de janeiro de 2021, "nas mesmas condições e com os mesmos prazos".."É injusto que quem já tenha um crédito em vigor fique refém durante anos de uma comissão bancária que o próprio Parlamento considerou ilegal", salienta a associação, exigindo "tratamento igual para todos os consumidores".."Os consumidores nesta situação terão de continuar a pagar às respetivas instituições de crédito uma comissão abusiva, uma vez que a mesma não corresponde a nenhum serviço prestado pelo banco", alerta a Deco proteste.