Costa pede desculpa aos patrões por "lapso" nas leis laborais

Primeiro-ministro reconheceu o erro mas diz ter sido "um lapso" a aprovação de "duas medidas sem prévia discussão na concertação social".
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"Quando alguém comete um erro, o que deve fazer é pedir desculpas", disse ontem à noite o primeiro-ministro, reagindo assim ao murro na mesa dado pelas quatro confederações patronais que foram atropeladas pela decisão unilateral do governo nas alterações ao código laboral. O que considerou "um lapso", já depois de Marcelo ter comentado o tema e informado que já falou com os patrões e os convocou para uma reunião na próxima sexta-feira,.

À entrada para a reunião da comissão política do PS, António Costa foi "obrigado" a pedir desculpas por um "lapso" que fez que não fossem apresentadas em concertação social "duas das medidas" que o governo acabou por aprovar no Conselho de Ministros desta quinta-feira. "Já tive oportunidade de esclarecer com o senhor presidente da CIP, que teve a amabilidade de me ligar, e de apresentar as minhas desculpas", disse.

E ainda que frise que quando se erra há que pedir perdão, Costa desdramatizou o tema: "Houve ontem uma falha processual na forma como o governo apresentou o conjunto de propostas e, efetivamente, houve o lapso de não ter apresentado duas medidas relevantes, antes de ontem, em sede de concertação social", explicou o primeiro-ministro aos jornalistas no local.

As quatro confederações empresariais suspenderam esta tarde a sua participação na mesa da concertação social em sequência da aprovação unilateral e do anúncio do governo das novas medidas que alteram a lei laboral, contempladas na Agenda do Trabalho Digno. Uma reação que o líder da UGT - estrutura que nos anos da troika chegou a dar passo semelhante - considerou ser "uma birra dos patrões".

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