O ministro da Economia e do Mar está confiante na performance do turismo nos próximos meses. António Costa Silva disse esta quinta-feira, 26, acreditar que as receitas turísticas este ano fiquem acima das registadas em 2019.."O Banco de Portugal (BdP) estima que as receitas do turismo sejam este ano de 16 mil milhões de euros. Mas acredito que possamos chegar aos 18 ou 19 mil milhões de euros de receitas turísticas em 2022 e atingir os 27 mil milhões de euros em 2027, conforme está definido no nosso plano", disse durante uma talk que decorreu na Nova SBE, a propósito da conferência Líderes do Turismo, que decorreu esta tarde na escola de Carcavelos..O BdP prevê que o país atinja este ano 85% das receitas turísticas de 2019, ano em que foi registado o melhor valor de sempre: 18 mil milhões de euros..O ministro da Economia assume que a inflação, ao impactar o poder de compra, possa estimular o mercado interno à semelhança do que aconteceu na pandemia. "Vai haver perda de poder de compra e aí a reconfiguração da nossa oferta e diversificação pode levar a que o mercado interno possa ser pujante. Queremos que o turismo que seja capilar na economia portuguesa e que funcione todo o ano", referiu..Sobre o conflito armado na Ucrânia, o governante assumiu a influência no turismo em Portugal "pode ser positiva" pelo facto de o país estar posicionado numa localização geográfica favorável..De olhos postos no futuro, António Costa Silva defende que é imperativa a aposta na sustentabilidade. "Vejo um setor muito adaptado aos tempos modernos, temos de ser lideres no turismo sustentável. Temos o Programa Empresas 360, já temos mais de 55 empresas que aderiram e isto pode reconfigurar os modelos de negócio do turismo. Daqui a quatro anos vejo um setor muito pujante, líder na sustentabilidade no mundo", disse..Ainda sobre o futuro, o ministro alerta para a ameaça da concorrência mas não duvida, ainda assim, que Portugal tem potencial para crescer.."O Estado tem de ser facilitador desde todas as políticas desde logo na capitalização das empresas, é por isso que temos já alguns programas. Espero das empresas que se reinventem, há destinos muito atrativos no mundo que vão competir connosco. Temos ativos como a segurança e se aliarmos a sustentabilidade podemos ir muito mais a frente", assegurou.