Crescimento do comércio externo do G20 abranda no segundo trimestre

Exportações do grupo das 20 maiores economias mundiais aumentaram 2,1% entre abril e junho, contra 4,8% nos três meses anteriores. Foi o oitavo mês consecutivo de crescimento.
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O comércio externo do G20 abrandou no segundo trimestre devido ao início da guerra na Ucrânia e à apreciação do dólar em relação a outras moedas, anunciou esta terça-feira a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

De acordo com a OCDE, as exportações do grupo das 20 maiores economias mundiais aumentaram 2,1% entre abril e junho, contra 4,8% nos três meses anteriores.

Já as importações passaram de um aumento de 6,2% no primeiro trimestre para um crescimento de 2,6% no segundo.

Este foi o oitavo trimestre consecutivo de crescimento.

"Enquanto os altos preços das matérias-primas, exacerbados pela guerra na Ucrânia, continuam a aumentar o comércio de mercadorias em termos nominais, o crescimento ligeiro reflete, em parte, o aumento do valor do dólar norte-americano contra outras grandes divisas", refere a OCDE em comunicado.

De igual forma, a OCDE refere que os preços da energia impulsionaram o comércio na América do Norte, com as exportações a aumentarem 10,2% nos Estados Unidos e 11,0% no Canadá.

Na União Europeia as exportações aumentaram apenas 0,3% entre abril e junho, contra 4% no trimestre anterior.

Devido aos preços da energia, as importações da UE aumentaram a uma taxa mais rápida, de 3%, ainda que abaixo dos 6% registados nos primeiros três meses do ano.

Entre o conjunto dos países do G20 destacam-se as exportações da Indonésia e da Austrália, que aumentaram 12,7% e 12,5%, respetivamente, no segundo trimestre, contra crescimentos de 6,1% e 10,0% no trimestre anterior.

As exportações do Reino Unido recuperaram de uma diminuição de 1,6% no primeiro trimestre para 6,2% entre abril e junho. Em sentido inverso, Japão (-4,9%), França (-3,1%), Coreia do Sul (-2,2%), Itália (-0,6%) e China (-0,4%) passaram de crescimentos positivos para contrações do volume de exportações.

As importações do Brasil passaram de 0,9% para 17,1% no segundo trimestre, enquanto Argentina (12,8%), México (12,1%) e África do Sul (11,9%) registaram todas um aumento acima de 10,0%.

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