Criação de empresas em Portugal cai 8,6% no 1.º trimestre e insolvências sobem 7,9%

Quase todos os setoresregistaram um decréscimo na criação de novas empresas, com exceção do setor da construção
Criação de empresas em Portugal cai 8,6% no 1.º trimestre e insolvências sobem 7,9%
Pedro Correia / Global Imagens
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O número de novas empresas criadas em Portugal ascendeu a 14.351 até março, menos 8,6% face a idêntico trimestre de 2023, enquanto as insolvências cresceram 7,9%, para 544, revelou hoje a Informa Business by Data.

No primeiro trimestre deste ano, o número de novas empresas constituídas no país foi inferior em 8,6% em termos homólogos, isto é, menos 1.350 empresas, salienta a Informa D&B em comunicado.

Além disso, realça que quase todos os setores registaram um decréscimo neste indicador, excetuando o setor da construção, que cresceu 6,4%, com um total de 1.847 novas empresas, ou seja, mais 111 que em idêntico no período homólogo.

Este setor “mantém uma tendência de crescimento há três anos, sendo este o quinto trimestre consecutivo em que regista um aumento na criação de empresas”, adianta.

Entre as diversas atividades do setor, destaca-se a construção e promoção de edifícios, que no trimestre em análise apresentou mais 70 novas empresas, lê-se na nota divulgada.

Depois de aumentos sucessivos na constituição de novas empresas, o setor dos transportes, sobretudo a atividade de transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, parece ter atingido o pico em 2023, sofrendo agora uma “descida significativa” no primeiro trimestre deste ano (-29% e -548 empresas constituídas, segundo os dados divulgados).

Na análise geográfica, a descida é transversal a quase todas as regiões de Portugal, também com uma única exceção.

Neste caso, a Região Autónoma dos Açores foi a única registar mais constituições de empresas neste trimestre do que no período homólogo (+11% e +20 empresas constituídas).

A Informa D&B refere ainda que 544 empresas iniciaram um processo de insolvência no primeiro trimestre deste ano, o que corresponde a mais 7,9%, (+40 processos de insolvência), face ao período homólogo de 2023.

“Esta subida é maioritariamente suportada pelo aumento do número de insolvências no setor das indústrias (+78% e +76 processos de insolvência), já que a maioria dos setores de atividade desceu neste indicador”, justifica.

Além das indústrias, o retalho e as tecnologias da informação e comunicação foram os únicos setores que viram crescer o número de insolvências no trimestre em análise.

Quanto ao encerramento de empresas, o destaque no primeiro trimestre deste ano vai para os serviços empresariais (453 empresas).

Até março, registaram-se 2.977 encerramentos, sendo que à data de hoje ainda existem publicações a serem efetuadas pelo Registo Comercial.

Já nos últimos 12 meses, este indicador atingiu os 14.837 encerramentos, mais 0,5% que nos 12 meses anteriores, sendo que para este crescimento contribuíram sobretudo os setores dos serviços empresariais (+9,4% e +196 encerramentos) e os transportes (+15% e +101 encerramentos).

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