Defesa dos EUA vai reconsiderar contrato cloud de 10 mil milhões adjudicado à Microsoft

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos indicou que vai reconsiderar o contrato de serviços cloud do Pentágono. Com um valor de 10 mil milhões de dólares, este contrato foi adjudicado à Microsoft e contestado pela Amazon.
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O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou que vai reconsiderar o polémico contrato de serviços cloud no Pentágono, no valor de 10 mil milhões de dólares (mais de 8,3 mil milhões de euros) ao longo de um período de dez anos.

De acordo com a agência Bloomberg, a Defesa norte-americana está interessada em pôr um ponto final na disputa legal ligada ao contrato. A disputa já dura há alguns anos: após o contrato JEDI ter sido adjudicado à Microsoft, em 2019, a Amazon avançou para tribunal, alegando que a intervenção da Casa Branca teria custado à tecnológica de Jeff Bezos o contrato.

Nas acusações apresentadas, a Amazon apresentou uma lista de alegados preconceitos da Casa Branca contra a Amazon e a sua unidade de negócio de cloud, a Amazon Web Services.

O contrato Joint Enterprise Infrastructure (JEDI) pretende renovar a infraestrutura cloud do Pentágono, tendo sido descrito como de crucial importância para a área da defesa e estratégia militar.

O Departamento de Defesa estará a reconsiderar este contrato, com a preocupação de que a disputa legal motivada pela Amazon possa demorar demasiado tempo a ser resolvida. Segundo a Bloomberg, a Microsoft estará em risco de perder este contrato, num momento em que a defesa pondera "esquecer" o atual contrato e avançar para uma solução com vários fornecedores.

No mês passado, John Kirby, porta-voz do Pentágono, já teria afirmado que, no cenário de o tribunal negar o pedido do governo, "poderiam ter de enfrentar um processo litigioso ainda mais extenso", notando que o responsável de Informação (CIO) do Departamento de Defesa "iria reavaliar a estratégia daqui para a frente".

Se o contrato JEDI tinha uma abordagem centrada num único vendedor - algo que, aliás, já tinha sido contestado por outras tecnológicas, que preferiam uma abordagem multi-vendedor - as recentes movimentações da área tecnológica no Pentágono dão conta de algumas mudanças no projeto. Ao longo dos últimos tempos, algumas das figuras que mais defendiam esta abordagem de vendedor único já saíram do projeto, como é o caso de Chris Lynch ou Dana Deasy.

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