Desafio superado: Altran e Elastron premiadas pela AICEP

<br/> As dificuldades trazidas pela pandemia criaram obstáculos ao crescimento das empresas e do país, mas há bons exemplos de resiliência na economia.
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Perseverança, agilidade e inovação são fatores que Luís Castro Henriques, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), atribui às empresas portuguesas que conseguiram, diz, adaptar-se às exigências da crise sanitária e continuar a crescer. Na última sessão da Conferência Anual da agência, na passada sexta-feira, foram destacados exemplos de superação e sucesso num período que muitos classificam como inédito neste século.

Nos já habituais Prémios AICEP Exportação & Investimento, a instituição distinguiu organizações financiadas pelo Portugal 2020 com um desempenho positivo. As vencedoras desta edição foram a Elastron, que arrecadou o galardão de Melhor PME Exportadora, e a Altran Portugal, que venceu na categoria de Melhor Investimento.
Fundada em 1978, a Elastron Portugal é uma empresa focada no comércio de tecidos sintéticos, microfibra, pele natural e artificial, com presença em países como Itália, Espanha, Roménia, Alemanha e Bulgária oferecendo soluções especialmente pensadas para a indústria de estofos e calçado. Com um valor acrescentado bruto no valor de 4,9 milhões de euros, José Carlos Oliveira, o presidente executivo da empresa, acredita que "o mercado é global" e por isso existe a necessidade das empresas nacionais apostarem na internacionalização. Para o responsável, é importante continuar a apoiar o tecido empresarial nacional para que "todos possamos recuperar com muita força, porque dependemos todos uns dos outros".

Especialista no desenvolvimento de soluções inovadoras baseadas na integração e convergência de novas tecnologias, a Altran Portugal nasceu em 2013 com uma visão sobre o que seria o futuro. Célia Reis, CEO, refere que "a inteligência não tem de estar nas grandes cidades", e que "os centros de produção com alto valor acrescentado podem estar em qualquer parte do nosso país".

Visivelmente orgulhosa do caminho percorrido ao longo dos últimos anos, a gestora fez questão de agradecer à sua equipa, mas também às instituições públicas - como o IEFP, o governo, a AICEP ou a Câmara Municipal do Fundão - pela colaboração no crescimento da empresa, que tem uma forte presença externa, estando hoje em 30 mercados internacionais. O conselho que deixa a outros gestores é de "resiliência e paciência" porque, diz, só assim se constrói um projeto de sucesso.

Castro Henriques diz que estas empresas são apenas dois exemplos da competitividade nacional e sublinha que "há motivos para termos confiança no futuro", não apenas pela agilidade e resiliência das organizações, mas também pelo apoio do Estado português e da União Europeia. "Quando se der a mudança de paradigma, acredito que a economia começa a recuperar", remata o presidente da AICEP.

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