Desempregados inscritos no IEFP em queda há 5 meses consecutivos

Número de pessoas registadas à procura de emprego tem vindo a diminuir desde março.
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Está em queda desde março o número de pessoas que se inscrevem à procura de trabalho junto do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), um período que coincide com o início do desconfinamento faseado e a retoma progressiva das atividades económicas.

Ontem foram divulgados os dados do mês de julho, quando se apurou um registo de 368 704 desempregados, número já distante dos 432 mil de março - o valor mais elevado do ano, que tem vindo a baixar consecutivamente.

Os registos de julho traduzem uma redução de 9168 pessoas à procura de trabalho só num mês (-2,4%). Indica, igualmente, haver menos 38 598 pessoas (-9,5%) nos cadernos do IEFP em relação a julho do ano passado.

O desemprego registado baixou em todas as regiões do país, na comparação com igual mês de 2020, tendo apenas aumentado na Madeira (+1,7%). Segundo os dados do IEFP, "as restantes regiões registaram decréscimos significativos do desemprego", com o Algarve a apresentar o recuo mais acentuado (-21,5%), uma realidade que a retoma do turismo poderá ajudar a explicar.

Dos 313 529 inscritos nos Serviços de Emprego do Continente, 73,4% tinham trabalhado em atividades do setor dos "serviços", destacando-se as "Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio" (30,5% do total); 19,8% eram provenientes do setor "secundário", com particular relevo para a "Construção" (com um peso relativo de 6,1% em relação ao total); ao setor "agrícola" pertenciam 4%.

O IEFP adianta que em julho o desemprego diminuiu, face ao homólogo de 2020, em todos os grandes setores: no "Agrícola" (-7,1%), no "Secundário" (-15,5%) e "Terciário" (-11,4%).

Só no mês de julho deste ano, inscreveram-se 37 604 desempregados, número inferior ao observado no mesmo mês de 2020 (-19,6%), mas superior a junho de 2021 (+18,9%).

O IEFP recebeu 11 750 ofertas de emprego ao longo do mês em análise, valor superior a julho de 2020 (+24,8%), mas que regista um decréscimo face a junho (-27,4%).

No continente, as atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas foram as "Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio" (23,4%), o "Comércio por grosso e a retalho" (12,2%) e o "Alojamento, restauração e similares".

Quando às colocações, foram feitas 7605 em todo o país, mais 893 do que um ano antes, mas menos 2081 do que em junho.

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