Desemprego registado recua para nível mais baixo desde março de 2020

Verão arrancou com apenas 377 872 desempregados com inscrição ativa nos centros de emprego, menos 24 311 que no fim de maio.
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O número de desempregados com inscrição ativa nos centros de emprego tornou a cair em junho, atingindo o nível mais baixo desde março do ano passado, indicam estatísticas do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulgadas nesta terça-feira.

No final de junho, havia 377 877 desempregados registados, menos 24 311 que um mês antes, numa quebra de 6%. É o terceiro mês consecutivo de descidas. Desde março, 54 979 desempregados deixaram as listas do IEFP.

Face a junho do ano passado, há também uma descida em 7,1% nos registos de desemprego.

Os dados mostram o abrandamento das novas inscrições. Em junho, caíram em 7,2% face ao mês anterior, com apenas 31 687 novos registos ao longo do mês.

Mas, as ofertas de emprego recebidas ao longo do mês recuaram 7,8%, para 16 186, e as colocações também caíram 4,3%, para apenas 9 686.

Na descida do desemprego, liderou o Algarve, com menos 24,7% inscritos naquele que é habitualmente o período forte de emprego da região, ligado às atividades turísticas. No final de junho, havia 20 030 inscritos como desempregados nos centros do Algarve, com a saída das listas de 6 571 pessoas.

No Alentejo, apesar de ser a única região que aumentou nas novas inscrições de desempregados em junho, foi a segunda em que mais caiu o stock de desemprego no fim do mês. No final de junho, havia menos 5,5% inscrições ainda ativas, ou menos 903, para um total de 15 536.

A terceira maior descida ocorreu na zona Centro, de 5,1%. São contabilizados menos 2 433 desempregados, para um total de 45 493.

Já em Lisboa e Vale do Tejo, junho terminou com menos 4,8% de desempregados, para um total de 128 848, e no Norte o recuo foi de 4,5%, para 142 343 inscrições ativas de desemprego.

Nos Açores, a queda foi também de 4,5% para 6 555 desempregados registados, e na Madeira foi de 4,1%, para 19 072.

Os dados mostram também que a redução mais expressiva no desemprego registado ocorreu nas atividades de alojamento e restauração, com uma quebra de 15,5%, para 36 029 inscrições.

No sector de serviços, o segundo conjunto de atividades com maior quebra foi o de transportes e armazenagem, com menos 7,5% de desemprego (para 6 487), seguido de "outros serviços", com menos 7% (para 22 128 desempregados), e comércio por grosso e retalho, a descer 6,7% (para 35 431 desempregados).

As atividades imobiliárias, administrativas e de serviços de apoio tiveram também uma das descidas mais expressivas, mas em termos absolutos, com menos 5 484 desempregados (menos 5,3%). Permanece a atividade com maior número de desempregados inscritos em centros de emprego: 97 567.

Além dos 377 872 indivíduos em situação de desemprego reconhecida pelo IEFP, em junho havia ainda mais 117 165 pessoas em formação e por isso não classificadas como desempregadas (mais 0,9% que um mês antes), e 19 513 pessoas sem emprego mas não disponíveis imediatamente para aceitar trabalho (mais 6,8%) nas listas do IEFP.

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