O número de desempregados com inscrição ativa nos centros de emprego tornou a cair em junho, atingindo o nível mais baixo desde março do ano passado, indicam estatísticas do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulgadas nesta terça-feira..No final de junho, havia 377 877 desempregados registados, menos 24 311 que um mês antes, numa quebra de 6%. É o terceiro mês consecutivo de descidas. Desde março, 54 979 desempregados deixaram as listas do IEFP..Face a junho do ano passado, há também uma descida em 7,1% nos registos de desemprego..Os dados mostram o abrandamento das novas inscrições. Em junho, caíram em 7,2% face ao mês anterior, com apenas 31 687 novos registos ao longo do mês..Mas, as ofertas de emprego recebidas ao longo do mês recuaram 7,8%, para 16 186, e as colocações também caíram 4,3%, para apenas 9 686..Na descida do desemprego, liderou o Algarve, com menos 24,7% inscritos naquele que é habitualmente o período forte de emprego da região, ligado às atividades turísticas. No final de junho, havia 20 030 inscritos como desempregados nos centros do Algarve, com a saída das listas de 6 571 pessoas..No Alentejo, apesar de ser a única região que aumentou nas novas inscrições de desempregados em junho, foi a segunda em que mais caiu o stock de desemprego no fim do mês. No final de junho, havia menos 5,5% inscrições ainda ativas, ou menos 903, para um total de 15 536..A terceira maior descida ocorreu na zona Centro, de 5,1%. São contabilizados menos 2 433 desempregados, para um total de 45 493..Já em Lisboa e Vale do Tejo, junho terminou com menos 4,8% de desempregados, para um total de 128 848, e no Norte o recuo foi de 4,5%, para 142 343 inscrições ativas de desemprego..Nos Açores, a queda foi também de 4,5% para 6 555 desempregados registados, e na Madeira foi de 4,1%, para 19 072..Os dados mostram também que a redução mais expressiva no desemprego registado ocorreu nas atividades de alojamento e restauração, com uma quebra de 15,5%, para 36 029 inscrições..No sector de serviços, o segundo conjunto de atividades com maior quebra foi o de transportes e armazenagem, com menos 7,5% de desemprego (para 6 487), seguido de "outros serviços", com menos 7% (para 22 128 desempregados), e comércio por grosso e retalho, a descer 6,7% (para 35 431 desempregados)..As atividades imobiliárias, administrativas e de serviços de apoio tiveram também uma das descidas mais expressivas, mas em termos absolutos, com menos 5 484 desempregados (menos 5,3%). Permanece a atividade com maior número de desempregados inscritos em centros de emprego: 97 567..Além dos 377 872 indivíduos em situação de desemprego reconhecida pelo IEFP, em junho havia ainda mais 117 165 pessoas em formação e por isso não classificadas como desempregadas (mais 0,9% que um mês antes), e 19 513 pessoas sem emprego mas não disponíveis imediatamente para aceitar trabalho (mais 6,8%) nas listas do IEFP.