Digi refinancia dívida de 450 milhões de euros antes de lançar serviços em Portugal

Operador de origem romena contraiu novo empréstimo de 150 milhões de euros para suportar dívida que vence em 2025. Em meados de maio já tinha subscrito linhas de crédito para o desenvolvimento de redes na Roménia e em Portugal.
Digi refinancia dívida de 450 milhões de euros antes de lançar serviços em Portugal
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O operador de telecomunicações Digi, que deverá lançar os primeiros serviços em Portugal até ao final do ano, acordou com o holandês ING Bank um empréstimo de 150 milhões de euros a três anos, para suportar uma dívida de 450 milhões de euros que vence em 2025.

O refinanciamento foi anunciado na segunda-feira, depois de a telecom ter subscrito duas linhas de crédito de 117,15 milhões de euros com o norte-americano Citibank, em meados de maio, para financiar o desenvolvimento das redes de telecomunicações na Roménia e em Portugal. A estes valores soma-se outro empréstimo, em Espanha, contraído junto do Santander no valor de 50 mmilhões de euros.

A Digi opera na Roménia, Espanha e Itália, estando a preparar-se para lançar serviços na Bélgica e em Portugal. 

Em Portugal, a Digi investiu mais de 67 milhões de euros em licenças 5G no leilão de frequências de 2021. Desde então que o setor aguarda pelo arranque dos serviços móvel e fixo do novo operador. No último Digital Business Congress, da APDC, a presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) afirmou que o novo operador entraria no mercado "em breve", apelando a uma resposta "criativa" dos operadores históricos (Altice, NOS e Vodafone), que criticaram bastante o leilão do 5G e as condições criadas pelo regulador à entrada de novos operadores. 

O Jornal de Negócios noticiou no final de maio, considerando o atraso de meses face à previsão inicial, que o operador espera lançar os primeiros serviços na segunda metade do ano, sendo que as ofertas não vão abranger os Açores e a Madeira nem o setor empresarial, numa primeira fase.

No primeiro trimestre do ano, a Digi registou um resultado líquido de 25,6 milhões de euros, valor que compara com 10,8 milhões de euros no período homólogo, e receitas de 395 milhões de euros, acima dos 345 milhões registados no primeiro trimestre de 2023. O EBITDA fixou-se em 163 milhões de euros, segundo as contas trimestrais, cujo relatório realça que a empresa está a desenvolver "iniciativas estratégicas" em Portugal e na Bélgica, "preparando-se para lançar serviços nos dois mercados em 2024".

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