
Foi já publicada, no Boletim do Trabalho e Emprego, a alteração parcial do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) do setor da distribuição, negociado entre a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e o Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços (SITESE). O acordo para a atualização salarial foi obtido em agosto, com efeitos retroativos ao início do ano, mas só agora foi publicado. A associação fala numa “negociação tensa”, mas que permitiu a assinatura de um contrato de “valorização do setor”, menos de dois anos após a última negociação.
Com 11 níveis salariais, a tabela do setor vai agora dos 825 euros de valor de entrada na profissão aos 1500 euros do nível máximo, o diretor/diretor de loja, que tem uma remuneração mínima de 1500 euros.
“O novo contrato coletivo é uma forma de mostrarmos ao setor e às nossas pessoas que estamos motivados para criar melhores condições para atrairmos cada vez mais pessoas qualificadas”, sublinha o diretor-geral da APED.
O CCT do retalho alimentar e não alimentar data de 2008, tendo sofrido alterações em 2016 e 2022. “É uma nova era que queremos impor no setor. Queremos motivar as pessoas e estar sempre em diálogo com as estruturas sindicais”, diz Gonçalo Lobo Xavier, que explica ter sido negociada uma atualização de cinco a 10 euros em diversas categorias. “São, apesar de tudo, valores interessantes”, considera, sublinhando que “o importante é que temos o compromisso de voltarmos à mesa das negociações para olharmos para a tabela de 2025 já em outubro”.