Dona do Minipreço com prejuízo de 104,7 milhões de euros no primeiro semestre

Empresa afirma que o valor significa uma redução de 0,1% em relação ao período homólogo, ficando em linha com os resultados do primeiro semestre de 2021.
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O grupo Dia - dono dos supermercados Minipreço - registou um prejuízo líquido de 104,7 milhões de euros no primeiro semestre de 2022. O que significa uma redução de 0,1% em relação ao período homólogo. Conforme declara a marca, em comunicado, este resultado está em linha com o primeiro semestre de 20121, e destaca a melhoria do resultado financeiro.

Por seu lado, a dívida financeira do grupo teve um aumento de 71,9 milhões face a dezembro de 2021, para os 476,1 milhões de euros. Este aumento deve-se principalmente, segundo o Dia, aos 134,3 milhões de euros investidos no semestre, dos quais cerca de metade correspondem a investimentos previstos no âmbito do programa de remodelação de lojas que a empresa está a realizar.

No que às vendas líquidas diz respeito, a empresa obteve, entre janeiro e junho, um aumento de 8,5% em relação ao ano anterior, para 3465,3 milhões de euros. Nas vendas comparáveis Like-for-like, no primeiro semestre do ano registou-se um aumento de 2,6% relativamente a 2021, com crescimento em todos os mercados onde o grupo tem operações. "Este crescimento das vendas comparáveis, aliado a um menor perímetro de lojas (-2,1%) e ao efeito cambial negativo de 0,4%, favoreceram o crescimento de 0,1% das vendas brutas sob insígnia do semestre, para os 4142,5 milhões de euros", explica a empresa.

O EBITDA Ajustado (earnings before interest, taxes, depreciation and amortization, ou em português, lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), chegou aos 51 milhões de euros, 6,5% mais do que no mesmo período de 2021. "Num ambiente económico complexo como o atual, conseguiu manter a margem sobre as vendas líquidas em 1,5%, um nível semelhante ao do primeiro semestre do ano anterior", justifica o Grupo Dia.

No primeiro semestre deste ano, a marca adicionou 53 lojas franqueadas, passando assim para um total de 2763, ou 63% da rede de proximidade. O peso da venda das lojas franqueadas passa de 32% das vendas líquidas totais no primeiro semestre de 2021, para 36% no primeiro semestre deste ano.

"O desempenho em Espanha confirma o sucesso das mudanças implementadas no modelo de negócio: com 68% da rede de proximidade já renovada com o seu novo modelo de loja, verifica-se um aumento da quota de mercado em áreas comparáveis. Na Argentina, o novo conceito de loja já está presente em 39% da rede de lojas e a empresa é líder do setor na cidade de Buenos Aires, com uma quota de mercado de 30%. Brasil e Portugal, por sua vez, registaram avanços significativos na implementação dos seus modelos de negócios", diz o Grupo Dia.

O presidente executivo da marca, Stephan DuCharme, justifica os resultados com a atual conjuntura. "O primeiro semestre de 2022 apresentou-nos um cenário económico complexo, marcado pela inflação e pelo aumento do custo das matérias-primas, combustíveis e energia. Apesar disso, os avanços alcançados até junho, a avaliação positiva dos nossos clientes e franqueados e o apoio que os nossos acionistas demonstraram na Assembleia Geral Ordinária realizada em junho, indicam um claro ponto de viragem para a empresa".

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