Dos passeios fluviais a uma digressão no espaço, eis Mário Ferreira

Leia aqui os traços mais relevantes da vida profissional de um empresário português de sucesso
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Do turismo e hotelaria aos cruzeiros fluviais e internacionais, do imobiliário aos seguros passando pela construção naval até aos media. São muitas as áreas em que o empresário portuense Mário Ferreira investe. Todas elas com resultados visíveis (alguns polémicos) ao longo dos últimos 30 anos. Esta quinta-feira mais um marco na carreira deste empresário será registado, tudo graças à 22.ª missão do programa espacial (sexta com seres humanos) da Blue Origin.

Mário Ferreira participará num voo suborbital e transporá a barreira que separa o limite da atmosfera terrestre e o espaço, a sentir a microgravidade, numa curta viagem de pouco mais de dez minutos entre a descolagem e a aterragem. O suficiente para torná-lo no primeiro português a ir ao espaço. O bilhete para entrar na história aeroespacial nacional terá oscilado entre os 200 mil e 300 mil dólares (195 mil a 293 mil euros).

Quem é Mário Ferreira? O percurso deste empresário foi relativamente discreto, não fossem os luxuosos cruzeiros, um programa de televisão à procura de ideias inovadoras (versão portuguesa do Shark Tank, da SIC) ou a aquisição da Media Capital (dona da TVI) a direcionar os holofotes para o homem que começou como gestor na restauração, no início dos anos 1990.

Foi aos 25 que começou a apostar na atividade turística com barcos, com a sociedade Ferreira & Rayford. Pouco tempo depois funda a Douro Azul e à porta dos anos 2000 fecha um acordo internacional que o torna num empresário relevante da construção naval e de cruzeiros fluviais e internacionais. Ao longo dos anos tem consolidado essa posição, agora através da Pluris Investments, grupo que gere todos os investimentos do empresário. Em 2020, resolve avançar sozinho para a compra da maior parte da dona da TVI, após Paulo Fernandes, dono da Cofina, ter desistido do negócio (para o qual tinha convidado o dono da Douro Azul). Já lançou a CNN Portugal e vendeu as rádios do grupo à alemã Bauer.

Em julho, foi apanhado numa polémica com os fundos do PRR (esta semana desistiu do apoio, de 40 milhões de euros) e, a seu pedido, foi constituído arguido na "Operação Ferry", que investiga eventuais crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento no negócio da compra e venda do navio Atlântida.

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