Alemanha cresce 0,2% este ano e 0,9% em 2026

Especialistas perspectivam a retoma após dois anos de recessão.
Alemanha cresce 0,2% este ano e 0,9% em 2026
EPA/CHRISTOPHER NEUNDORF
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O conselho consultivo de economistas do Governo alemão prevê que a economia da Alemanha cresça 0,2% este ano e 0,9% em 2026, após dois anos consecutivos de recessão.

"Após dois anos de recessão, este ano finalmente volta a mudar o sinal do desenvolvimento económico na Alemanha, passando de negativo para positivo", afirmou Monika Schnitzer, presidente do grupo de economistas consultores, ao entregar na Chancelaria Federal ao chefe do governo, Friedrich Merz, o relatório anual do conselho, também conhecido como os "cinco sábios".

No entanto, ressalvou que "em comparação com o resto da Europa, o crescimento continuará inferior este ano. Só no ano que vem melhorará notavelmente".

Embora tenha descrito o relatório como um "presente tardio" para Merz pelo retorno do crescimento ao país, depois de o Chanceler ter completado 70 anos na véspera, também enfatizou a necessidade de a Alemanha aumentar a sua produtividade.

"Para que a economia volte a um caminho de crescimento sustentável, é necessário aumentar a produtividade, em particular através de maior inovação e investimento", acrescentou no relatório anual, publicado hoje.

Aludiu também a um contexto internacional desafiante para o crescimento económico, diante do qual a união na Europa é sinónimo de oportunidades para a expansão económica.

"No nosso relatório, demonstramos que uma maior integração do mercado interno e do mercado de capitais europeus aumentaria consideravelmente as nossas possibilidades de crescimento", observou Schnitzer, para quem também um esforço coordenado nos gastos com defesa a nível europeu será um fator de "crescimento moderado".

O Chanceler afirmou, ao receber com agradecimento os comentários de Schnitzer e o relatório anual, que "o crescimento na Alemanha é muito baixo há muitos anos".

"Não estamos a aproveitar todo o nosso potencial e a produtividade da nossa economia", reconheceu.

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