António Costa diz que apoio de 90 mil milhões de euros é "crucial para alcançar paz justa"

Os chefes de Estado e de Governo da UE chegaram hoje a acordo para conceder um apoio de 90 mil milhões de euros à Ucrânia para os próximos dois anos, anunciou o presidente do Conselho Europeu.
Presidente do Conselho Europeu, António Costa
Presidente do Conselho Europeu, António CostaJOSÉ COELHO/LUSA
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O presidente do Conselho Europeu insistiu esta sexta-feira, 19, que a decisão de apoiar a Ucrânia nos próximos dois anos com 90 mil milhões de euros é “crucial para alcançar uma paz justa” e a única maneira de pressionar Moscovo.

“A Ucrânia apenas vai pagar este empréstimo quando a Rússia pagar as reparações”, disse António Costa, em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, em Bruxelas.

Depois da última reunião do Conselho Europeu de 2025, António Costa disse que as decisões de hoje sobre o apoio à Ucrânia “são cruciais para alcançar uma paz justa e duradoura”.

“A única maneira de trazer a Rússia para as negociações é pressionando-a”, comentou, considerando que hoje o Conselho Europeu “enviou uma mensagem cristalina” de que o Kremlin “não atingirá os seus objetivos e que estão asseguradas as “necessidades urgentes” da Ucrânia.

Os chefes de Estado e de Governo da UE chegaram hoje a acordo para conceder um apoio de 90 mil milhões de euros à Ucrânia para os próximos dois anos, anunciou o presidente do Conselho Europeu.

“Temos um acordo. A decisão de conceder 90 mil milhões de euros de apoio à Ucrânia para 2026-27 foi aprovada. Comprometemo-nos e cumprimos”, anunciou António Costa, na sua conta oficial na rede social X, ao cabo de mais de 15 horas de negociações numa cimeira em Bruxelas.

O compromisso a nível dos 27 foi alcançado em torno daquele que era designado o "plano B", a emissão de dívida conjunta, dado o "plano A", um empréstimo de reparações com base nos ativos russos imobilizados, não ter obtido consenso, designadamente devido à rejeição da Bélgica.

Numa das reuniões mais importantes do Conselho Europeu, dada a urgência para assegurar verbas a favor da Ucrânia para os próximos dois anos, os chefes de Governo e de Estado dos 27 da UE tinham duas opções em cima da mesa: um empréstimo de reparações assente em bens da Rússia congelados no espaço comunitário (a opção que parecia obter mais apoio, maioria qualificada e menos esforço orçamental, apesar da oposição belga) ou uma emissão de dívida conjunta (que exigiu unanimidade).

Acabaram por optar pela segunda opção, assente na emissão de dívida conjunta para mobilizar dinheiro para a Ucrânia, aproveitando a margem orçamental como garantia para Bruxelas ir aos mercados.

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