
A venda do Novobanco está na ordem do dia e Miguel Maya, presidente-executivo (CEO) do BCP, tem sido frequentemente questionado sobre o tema. Esta quarta-feira, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2024, respondeu que a estratégia do BCP passa pela "via orgânica", mas admitiu que não pode deixar de avaliar a possibilidade de comprar o rival.
"O crescimento do BCP é por via orgânica. Quando uma operação vai ao mercado, temos obrigação de analisar de analisar todas as oportunidades que criem valor", disse Miguel Maya no dia em que apresentou lucros de 906 milhões de euros no exercício de 2024, mais 5,9% que no ano anterior.
O fundo Lone Star pretende avançar com a venda de uma parte da sua posição no Novobanco, com a colocação em bolsa de cerca de 25% do capital da instituição. Um cenário alternativo, que o Lone Star não afasta, será a venda direta a um concorrente nacional ou estrangeiro, com os analistas a apontarem para a CGD, o BCP e o Caixabank (dono do BPI) a serem apontados como potenciais interessados.
Questionado sobre as avaliações do Novobanco que têm sido divulgadas - que apontam para um montante na casa dos cinco mil milhões de euros -, o CEO do BCP não quis comentar, dizendo apenas que as mesmas também beneficiam o próprio banco que lidera. "Se esses valores para o Novobanco estiverem certos, mais valerá o BCP", salientou.