CMVM prevê mais volatilidade nos mercados em 2026 devido a tensões comerciais e geopolíticas

Segundo o regulador, o risco associado ao mercado de capitais é elevado, com perspetiva semi‑ascendente, assim como o risco operacional, com uma perspetiva que passou de estável para ascendente.
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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) publicou esta sexta-feira, 26, o seu “Risk Outlook 2026”, apontando os principais riscos que podem condicionar os mercados financeiros no próximo ano.

O relatório sublinha um cenário global marcado por tensões geopolíticas, crescimento económico moderado e elevada volatilidade nos índices financeiros.

No documento, a CMVM mantém em nível elevado o risco associado ao mercado de capitais, com perspetiva semi‑ascendente, e também classifica o risco operacional como elevado, com uma perspetiva que passou de estável para ascendente. A autoridade liga a subida do risco operacional, em grande parte, à maior digitalização e ao aumento de ciberataques.

Os riscos de liquidez e de crédito são avaliados como médios, com perspetiva estável face a 2025. A evolução destes riscos depende, segundo a CMVM, do impacto das tensões geopolíticas em possíveis ajustamentos de preços nos mercados e em custos de financiamento.

O relatório destaca ainda a exposição dos organismos de investimento coletivo (OIC) de ações domiciliados em Portugal a choques externos e a perturbações nas cadeias de abastecimento. Esta análise considera a concentração de emitentes em países alvo de medidas tarifárias dos EUA e a origem geográfica das receitas e resultados desses emitentes.

Apesar do contexto internacional adverso, a CMVM nota que os efeitos sobre a economia portuguesa têm sido relativamente contidos, refletindo resiliência e dinamismo internos.

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