Confiança dos consumidores sobe e clima económico diminui em outubro

A informação é extraída dos “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores” elaborados pelo INE.
Confiança dos consumidores sobe e clima económico diminui em outubro
FOTO: Leonel de Castro/Arquivo
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O indicador de confiança dos consumidores voltou a aumentar em outubro, enquanto o indicador de clima económico diminuiu, interrompendo as subidas dos últimos três meses, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo os resultados dos “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores” do INE, o indicador de confiança dos consumidores “aumentou em setembro e outubro, após ter diminuído no mês anterior”.

Já o indicador de clima económico “diminuiu em outubro, interrompendo o movimento ascendente observado nos últimos três meses”.

A evolução do indicador de confiança dos consumidores traduziu os contributos positivos das perspetivas sobre a evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias, da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar.

Em sentido contrário, as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo negativo.

Em outubro, os indicadores de confiança diminuíram na indústria transformadora e nos serviços, mas aumentaram no comércio e na construção e obras públicas.

Na indústria transformadora, o indicador de confiança recuou após ter aumentado nos últimos oito meses, refletindo o contributo negativo das perspetivas de produção.

Em quebra no último mês esteve também o indicador de confiança nos serviços, em resultado do contributo negativo das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e das perspetivas relativas à evolução da procura.

Em sentido contrário, o indicador de confiança do comércio aumentou nos últimos quatro meses, “significativamente em outubro”, refletindo os contributos positivos de todas as componentes: Perspetivas de atividade da empresa, opiniões sobre o volume de vendas e apreciações sobre as existências.

De acordo com o INE, na construção e obras públicas o indicador aumentou em outubro, após ter diminuído entre julho e setembro, traduzindo o contributo positivo quer das apreciações sobre a carteira de encomendas, quer das perspetivas de emprego.

O instituto estatístico detalha que o saldo de respostas das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu nos setores do comércio, da construção e da indústria, tendo aumentado nos serviços.

Para 2026, a maioria das empresas na indústria transformadora (55,9%) e nos serviços (71,1%) preveem uma estabilização no investimento face a 2025.

Por outro lado, 32,8% das empresas na indústria transformadora e 20,7% das empresas nos serviços antecipam um aumento do investimento em 2026, enquanto 11,3% e 8,2% das empresas inquiridas, pela mesma ordem, preveem uma diminuição do investimento.

Nesta edição dos inquéritos de conjuntura do INE, os períodos de recolha de informação decorreram entre 01 e 17 (dias úteis) de outubro no caso do inquérito aos consumidores, com 1.200 respostas obtidas (entrevistas telefónicas), e entre os dias 01 e 24 no caso dos inquéritos qualitativos às empresas (‘webinq’), com 1.287 respostas no setor do comércio, 687 respostas no setor da construção, 1.460 respostas no setor da indústria e 1.401 respostas no setor dos serviços.

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