O crescimento económico da Rússia não irá além de 1% no quarto ano da guerra com a Ucrânia. A garantia é de Vladimir Putin, que sublinha aquilo que descreve como um esforço para fazer a taxa de inflação baixar dos 6%, ao mesmo tempo que os russos se deparam com sanções dos EUA. Em declarações à televisão russa, o próprio teceu uma comparação com a zona euro.Em 2025, "o crescimento do PIB é de 1%" disse o chefe de Estado russo, tendo reiterado que "se analisarmos os últimos três anos, o crescimento total foi de 9,7%". No mesmo período, acrescentou, "o crescimento da economia da zona euro foi de 3,1%".A este respeito, recorde-se que o PIB da zona euro cresceu 0,4% em 2023 e 0,9% em 2024, ao passo que para 2025 está previsto um crescimento na ordem de 1,2%. Ainda sem dados anuais, no terceiro trimestre o PIB cresceu 1,4%, em termos homólogos, nos países da moeda única.Putin lembra ainda que "colocamos o objetivo de reduzir a inflação pelo menos até aos 6%", o que deverá acontecer, de acordo com o próprio. As estimativas citadas pelo próprio indicam um recuo até ao intervalo entre 5,7% e 5,8%. Neste contexto, o corte no crescimento económico "é um passo consciente", para que seja possível "conservar a qualidade da economia e os indicadores macroeconómicos", esclarece ainda.Recorde-se que os dados da economia russa apontam para um aumento homólogo de 6,6% no Índice de Preços no Consumidor (IPC) em novembro. Apesar de ser um número muito acima dos limites considerados saudáveis pela generalidade dos economistas, tem vindo a cair desde março, quando atingiu 10,3%.Em novembro, as exportações russas de crude caíram 35%, fruto das sanções dos EUA às dias maiores petrolíferas russas. De resto, os relatos mais recentes indicam que os EUA estão a preparar novas sanções, para o caso de Putin não aceitar o acordo de paz que está em cima da mesa, proposto pelos EUA..Rússia descarta para já negociações diretas com Kiev e europeus.Zelensky revela que EUA garantem negociações de paz que incluem Rússia, Ucrânia e Europa.Entram em vigor taxas dos EUA à Índia por compra de petróleo russo