Exportações caem 5,2% e importações 3% em outubro

Perante esta evolução, o défice da balança comercial de bens atingiu 2.805 milhões de euros, o que se traduz num agravamento de 77 milhões de euros face a outubro de 2024.
Exportações caem 5,2% e importações 3% em outubro
Exportações caem 5,2% e importações 3% em outubroLusa
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As exportações de bens caíram 5,2% e as importações recuaram 3% em outubro, em termos homólogos, sendo esta a primeira queda das importações desde junho de 2024, divulgou esta quarta-feira, 10, o INE.

Perante esta evolução, o défice da balança comercial de bens atingiu 2.805 milhões de euros, o que se traduz num agravamento de 77 milhões de euros face a outubro de 2024. De acordo com o INE, os combustíveis e lubrificantes representaram 14% do défice da balança comercial de bens em outubro de 2025.

Se for excluído o efeito dos combustíveis e lubrificantes, o défice da balança comercial foi de 2.413 milhões de euros, um agravamento de 365 milhões face ao período homólogo.

No que diz respeito aos preços, estes continuaram a cair em outubro, registando-se uma redução de 1,4% nos índices de valor unitário nas exportações e de 1,8% nas importações (-1,3% e -2,2%, respetivamente, em setembro de 2025).

Nas exportações, o gabinete de estatísticas destaca o decréscimo das transações de combustíveis e lubrificantes (-42,5%), "refletindo uma descida em volume nas exportações desta categoria de produtos (-37,6%), acompanhada por uma diminuição de preços (-7,8%), desempenho para o qual não será alheia a paragem de unidades da refinaria nacional".

Além disso, verificou-se também uma queda nas exportações dos fornecimentos industriais (-7,3%), devido à "quantidade significativa de produtos químicos exportados para os Estados Unidos no período homólogo, correspondentes, sobretudo, a transações com vista a trabalho por encomenda (sem transferência de propriedade)".

Neste sentido, quando se analisam os principais países parceiros de 2024, sobressai o decréscimo dos Estados Unidos (-42,6%), essencialmente na categoria de fornecimentos industriais.

Em termos acumulados no ano, até outubro, as exportações aumentaram 1,0%, em termos homólogos (+2,9% no mesmo período de 2024).

Já nas importações, é também nos combustíveis e lubrificantes (-42,4%) que se verifica a maior queda, "maioritariamente óleos brutos de petróleo com origem no Brasil, refletindo uma descida em volume das importações desta categoria de produtos (-48,0%), tendo-se verificado um aumento no preço (10,8%)".

Quanto aos principais países parceiros, registou-se um decréscimo de 87,9% nas importações provenientes do Brasil enquanto, por outro lado, aumentaram as compras da China em 29,8%, essencialmente importações de combustíveis e lubrificantes e de fornecimentos industriais.

No acumulado do ano até outubro, as importações aumentaram 5,5%, face a igual período do ano anterior (+1,2% no mesmo período de 2024).

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