O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, admitiu esta terça-feira, 30 de setembro, "ajustamentos" no preço dos combustíveis, após uma carta da Comissão Europeia (CE) a instar o Governo a acabar com os descontos no ISP.Segundo avançou o Negócios esta terça-feira, a Comissão Europeia enviou uma carta ao Governo a pedir que sejam tomadas “ações concretas” que visem a eliminação do apoio que tem permitido conter os preços dos combustíveis. Diz o jornal que a carta alerta que a manutenção deste benefício “não está em linha com as recomendações do Conselho Europeu”. Em reação a esta informação, Manuel Castro Almeida disse que "há muito tempo que Portugal está em infração nesta matéria, mas tem vindo a ajustar-se". "Já no ano passado fizemos ajustamentos como a CE pretende", disse o ministro da Economia, alertando que "isso claro que obriga a mexer no preço final da gasolina e produtos petrolíferos, o que não é uma boa notícia". "Temos vindo a resistir", salientou, avisando que não é possível "resistir para sempre". "Vai ser necessário fazer ajustamentos, mas a posição que o Governo tomou no ano passado foi de só fazer ajustamentos nos momentos em que haja quebra de preço da gasolina, para que as pessoas não sintam que vão pagar mais gasolina por causa do aumento das taxas", indicou. Ainda assim destacou, "é impensável fazê-lo de uma só vez". .Miranda Sarmento: "Atuaremos se o preço dos combustíveis subir significativamente, mas não devemos usar o tema para um combate político"